terça-feira, 15 de outubro de 2013

A ambição é uma idolatria

                          "Somos possuídos pela nossa aspiração a possuir sempre mais..."
                        
                        As posses podem nos possuir, nos levam a possuir sempre mais...

 "A ambição do possuir simplesmente  é essencial ao ser humano. Nesta aspiração encontra-se a ânsia por tranquilidade. O que esperamos das posses que possuímos é não ter mais nenhuma preocupação e poder abandonar-nos tranquilamente à vida. O homem que não possui bens é comparável a uma ave altaneira voando livremente pelo céu, sem qualquer preocupação. Por outro lado, a experiencia nos mostra que as posses podem nos possuir, que somos possuídos pela nossa aspiração a possuir sempre mais. Aquele que tem muitas posses está preso - amarrado a seus bens e mesmo quando a morte aproxima, haverá de lastimar-se por ter que deixar o presente. Entrega sua alma, mas não desvia o olhar das coisas; é separado de seu corpo, mas não se separa de suas posses. 
 Nossa cobiça por posse jamais será satisfeita, se orientarmos exclusivamente para as coisas do mundo. Por mais posses que tivermos, a nossa ansiedade mais profunda por tranquilidade e sossego e pela harmonia conosco mesmo não poderá ser satisfeita.
    É por isso que na Bíblia, a Palavra de Deus transforma este instinto, apontando-nos os bens interiores, como é o caso da pérola preciosa e do tesouro no campo. Dentro de nós, isto é,  em nossa alma,  podemos encontrar uma imensa riqueza - é aí que encontramos Deus e todas as potencialidades com que nos presenteou.  Somente em vista desse valor interior é que seremos capazes de desprender-nos dos bens exteriores e libertar-nos de querer possuir sempre mais.
    A ambição vista sob outro ângulo - consiste no contínuo vangloria-se diante dos outros. Tudo é feito unicamente para ser visto por outras pessoas.  Eu penso continuamente nas pessoas e em sua opiniões. E acabo me perguntando: como será meu modo de agir sobre elas? Elas acham bom o que eu faço? e assim eu acabo não estando comigo mesmo e torno-me dependente do juízo das outras pessoas e da necessidade de ser reconhecido.  A busca de reconhecimento, muitas vezes ocorre até mesmo em nossa ação mais piedosa. Não se trata de nos livrar completamente dessa busca de reconhecimento, mas de relativizá-la de maneira a não nos tornarmos dependentes dela".


Reflexão: "Nossa cobiça por posse jamais será satisfeita, se nos voltamos para os apelos do mundo que nos instiga a consumir sempre. Somente quando nos voltarmos para as riquezas interiores é que nossa aspiração pela posse exterior ganhará sua devida medida". Buscai portanto, as coisas do alto e tudo mais vos será acrescentado.

Fonte: Do livro: "O Céu começa em você - Autor -Anselm  Grün
                             Editora Vozes - 13ª.  Edição - 2005.
Imagem: Link para blogs:  Kdfrases. com  - ( para a reflexão sobre ambição)

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

"Recuperai o domínio de vosso coração..."

                                    e colocai-o suavemente nas mãos do Senhor".
                               
   "Quando caíres em alguma falta, levanta-te com serenidade, humilhando-te profundamente diante de Deus, confessando-lhe sua miséria, mas sem admirares de tua queda. Se soubéssemos bem quem somos, em vez de nos admirarmos de vermos por terra, pasmaríamos ao pensar como podemos permanecer de pé", São Francisco de Sales recomenda-nos que não continuemos "caídos e enlameados" no lugar em que tropeçamos. Não seja isso motivo de espanto, antes retornes o fôlego e desenvolvamos as nossas energias tão depressa como pudermos". Detesta, sim, com as todas forças, a ofensa que fizeste a Deus, e depois com uma grande coragem e confiança na sua misericórdia, volta a empreender o caminho da virtude que havias abandonados".
 O lavrador não se admira de ver as ervas daninhas invadirem a sementeira, mas nem por isso se esforça menos em arrancá-las. Devemos substituir a surpresa causada pelas nossas quedas pelo conhecimento de nossas fraquezas, de nossa pequenez, que é o primeiro grau da humildade.
  Não são mais santos os que cometem menos faltas, mas sim os que têm mais coragem, mais generosidade, mais amor; os que fazem mais esforços sobre si mesmos e não têm medo de escorregar, cair, contanto que avancem". A alma levanta-se sob o amparo do arrependimento e da absolvição sacramental, que tudo vem reparar. Recuperai o domínio do vosso coração e colocai-o suavemente nas mãos do Senhor". Fazei na medida do possível que o vosso coração torne estar em paz convosco mesmo", ainda que saibais de vossa pequenez diante de Deus.

Reflexão:  "Quando há verdadeira humildade, ainda que a alma se reconheça má e por isso esteja triste, essa tristeza não faz acompanhar de perturbação nem inquietação; é um pesar que não produz obscurecimento no espírito, nem aridez; ao contrário, consola-o. A alma aflige-se por ter ofendido a Deus, mas por outro lado, dilata-se na esperança da sua misericórdia".

Fonte:  Do livro: A arte de aproveitar as próprias faltas
          Autor: Joseph Tissot - Editora, Quadrante - 3a, ed. - 2003.
          Imagem: "uma pessoa em oração".

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Conversando com Deus...

   
        
                                    No silêncio da alma, posso falar com Deus...

         "Pedi força e vigor; Deus me mandou dificuldades para me fazer forte,
           Pedi sabedoria; Deus me deu problemas para resolver.
           Pedi prosperidade; Deus me deu energia e cérebro para trabalhar.
           Pedi coragem; Deus me mandou situações para superar.
           Pedi amor; Deus me mandou pessoas com problemas para eu ajudar.
           Pedi favores; Deus me deu oportunidades para eu prosperar.
           Não recebi nada do que queria, recebi tudo que precisava.
           Minhas preces foram atendidas!"

          Reflexão: Descubra o que Deus quer lhe proporcionar na situação que hoje está vivenciando...
          
          Fonte: autor não identificado
          Imagem: "uma pessoa em oração..."

sexta-feira, 19 de julho de 2013

"O caminho para Deus passa pelo encontro consigo mesmo,

                                       pela  descida para dentro de nossa realidade humana...
          
       ...o caminho para o verdadeiro eu."

 "Muitas vezes nós  nos identificamos de tal maneira com os ideais, que acabamos recalcando nossas nossas próprias fraquezas e limites pelo fato de eles não corresponderem ao ideal. Isso conduz a uma divisão, e é justamente esta divisão que nos torna doentes. Esta divisão muitas vezes, se evidencia em nós uma discrepância existente entre o ideal e a realidade. E, por não sermos capazes de reconhecer que não correspondemos ao ideal, acabamos projetando nossas incapacidades sobre os outros, sendo desse modo muito rigorosos para com eles.

   Sem o autoconhecimento corremos sempre o perigo de nossos pensamentos acerca de Deus serem meras projeções. Em muitas pessoas piedosas, percebe-se que elas querem por meio de sua religiosidade esquivar-se da própria verdade. Elas se refugiam em pensamentos e sentimentos piedosos para não precisarem encontrar consigo mesmas, dizem os monges.

   A espiritualidade a partir da nossa realidade, mostra-nos que chegamos a Deus através de uma rigorosa auto-observação e por sincero autoconhecimento. O que Deus quer de nós, não podemos conhecer por meio de altos ideais que colocamos para nós mesmos. Queremos alcançarmos altos ideais para darmos a impressão de estar bem diante dos outros e também diante dele.

  Iniciando nossa espiritualidade pelo autoconhecimento, olhando para nós mesmos, atentos às nossas paixões, é considerado o melhor caminho para o crescimento espiritual. Para os padres do deserto, o caminho para Deus sempre conduz ao autoconhecimento. Nesse sentido, se questiona antes de tudo acerca da sinceridade e da autenticidade. No interior de mim mesmo, sem distrair ou fugir para as atividades, e ou de sonhar acordado; é justamente neste lugar que preciso me colocar. É então que Deus me pede explicações, colocando em questão tudo o que eu havia imaginado a respeito dele e sobre minha vida. Na minha fraqueza sou capaz de reconhecer o plano de Deus para comigo e o que ele poderá fazer de mim quando realizar totalmente sua graça em mim. Aí é possível  experimentar o amor de Deus e sua proximidade salvadora.

  "A espiritualidade sincera não passa por cima da realidade humana, mas no encontro consigo mesmo, é o pressuposto fundamental para todo e qualquer autêntico encontro com Deus." A espiritualidade dos monges é sincera. Ela não passa por cima da realidade humana.  Os monges 'não falam' sobre Deus, eles 'o experimentam'. Eles procuram afastar todas possibilidades de dispersão, a fim de direcionar o espírito completamente para Deus".

Reflexão: "A escada para o reino do céu está escondida em tua alma. Mergulha para dentro dos pecados que estão em ti mesmo e, assim encontrarás ali uma escada pelo qual poderás ascender"( Isaac 302). O caminho espiritual começa nas paixões da alma. São as paixões da alma e as forças impulsivas,  que devem ser primeiramente observadas e com elas se devem lutar. É somente então que se compreende algo a cerca de Deus. Sim, o tratamento das paixões é, o caminho até Deus, afirma Poimen. Onde nós caímos, onde afastamos de Deus, é que aprendemos a lição, a lição que nossas virtudes não são capazes de nos ensinar. Deus nos educa também através de nosso "entulho". Ele nos conduz pelo caminho da humildade e é somente este caminho que conduz a Deus. "O homem necessita de humildade e do temor de Deus como necessita de respiração que lhe sai das narinas"( Miller, SabPad 49). Sem humildade, estamos continuamente em perigo  de colocar Deus a nosso serviço."
       
Fonte:   - Do livro: O Céu Começa em Você.
               A sabedoria dos padres do deserto para hoje.
              - autor- Anselm Grün - Editora Vozes - 13a. ed.
            - imagem:- "o espelho-2.jpg" - ( representando a dificuldade de conhecer o verdadeiro eu)

sábado, 1 de junho de 2013

Corpus Christi, a festa da Eucaristia

                                                O Sacramento do Corpo de Cristo.

"Isto é o meu corpo" por vós (1Cor 11,24); "Isto é meu sangue, o sangue da nova aliança, derramado por uma multidão" (Mc 14,24). Os sinais do 'pão e vinho' tornam doravante presente na terra é  o corpo entregue de Jesus, o seu sangue derramado.

Depois da ressurreição, o corpo de Cristo não tem apenas uma existência invisível,"à direita de Deus" (He 10,12) pois, antes de morrer Jesus instituiu um rito para perpetuar sob sinais a presença terrestre de seu corpo sacrificado.

A experiência eucarística da Igreja- O mesmo rito repetido na Igreja, fica como memorial da morte de Cristo (1Cor 11,24ss) colocado na luz da ressurreição, pelo qual o corpo de Cristo se tornou "espírito vivificante". Por este rito, a "comunhão no corpo de Cristo", a Igreja revive todos os aspectos essenciais do mistério da salvação"
                                O corpo de Cristo se tornou "espírito vivificante" 

Reflexão: "Pela experiência eucarística tomamos consciência que somos membros do Corpo de Cristo. Nossa união com Cristo deve ser entendida de maneira muito realista, somos verdadeiramente seus membros. Nele cada cristão tem uma função particular em vista do bem conjunto (1Cor 12,27-30). É o seu próprio Corpo que unifica os múltiplos membros do corpo formado por todos os que creem  pelo batismo (1Cor 12,13.27). Em torno ao corpo individual de Jesus  realiza-se a unidade dos homens, chamados a agregar-se a esse corpo".

Fonte- As Escrituras Sagradas, a Bíblia
          -Vocabulário de Teologia Bíblica - Ed. Vozes.
          -Imagem: Corpus Christi,jpg

domingo, 19 de maio de 2013

Pentecostes, festa do dom do Espírito Santo

                         É a  efusão do Espírito, a coroação da Páscoa de Cristo

Pentecostes - Dia de alegria e ação de graça. É a manifestação pública da Igreja chamada a anunciar a Boa Nova de Cristo, com a força do Espírito a todos os povos da terra. Ninguém pode dizer que Jesus é o Senhor, a não ser no Espírito Santo, ( 1Cor 12,3).

Pedro mostra que Pentecostes cumpriu as promessas de Deus: nos últimos tempos o Espírito seria dado a todos (cf. Ez  36,27). João Batista anunciara já ter chegado aquele que deveria batizar no Espírito Santo (Mc 1,8). E Jesus, após a ressurreição tinha confirmado essa promessa: "Em poucos dias, sereis batizados com o Espírito Santo" (At 1,5).

 Pentecostes realiza em Jerusalém a unidade espiritual dos judeus e dos prosélitos de todas as nações, dóceis aos ensinamentos dos Apóstolos, eles comungam no amor fraterno à mesa da eucaristia (At 2,1-11). 
O Espírito Santo é dado visando um testemunho a ser levado até as extremidades da terra (At 1,8). Há diversidade de dons, de ministérios, de atividades, mas um mesmo é o Espírito, um mesmo Deus que realiza todas as coisas em todos ( 1Cor 12).  O Espírito Santo guia a Igreja, nos fortalece com seus dons e nos impulsiona à missão de discípulos de Jesus Cristo. 
                                                  
No dia de Pentecostes, o Espírito Santo desceu sobre os Apóstolos reunidos no cenáculo com Maria, a Mãe de Deus. Jesus disse: "A paz esteja convosco. Como o Pai me enviou eu também vos envio". E soprou sobre eles e disse: "Recebei o Espírito Santo. A quem perdoardes os pecados, eles lhes serão perdoados; a quem não perdoardes, eles lhes serão retidos" (Jo, 19-20). 

Reflexão: Nós, os cristãos somos o corpo de Cristo e a cada um, nos foi dado um dom, um talento. Em um só Espírito fomos batizados todos nós, para formar um só corpo, judeus ou gregos, escravos ou livres, para formarmos um único corpo, todos fomos impregnados do mesmo Espírito. Não podemos mais viver na ignorância, deixando nos levar pelas tendências pagãs, paixões e idolatrias. Viver no mundo, sem pertencer ao mundo, preservando de todo mal e santificando-nos pela verdade. "A palavra de Deus é a verdade. E a vida eterna consiste em que conheça o Pai, um só Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo que nos enviaste" (Jo 17,3). Irmãos, ninguém pode dizer: Jesus é o Senhor, a não ser no Espírito Santo (1Cor12,3).

Fonte:- As Escrituras Sagradas, a Bíblia
          - imagens bíblicas.wordpress.com

terça-feira, 14 de maio de 2013

"Calar e não julgar..."

                         "Se queres encontrar a serenidade onde quer que estejas...
 
...então, em tudo tudo que fizeres, deves dizer: Quem sou eu? E não julgues a ninguém!" Apot 385 
              
    "Calar é o caminho para encontrar-se consigo mesmo,  o caminho para descobrir a verdade do coração. Todavia, calar é também o caminho para libertar-se do perigo de constantemente criticar e julgar o outro,  de nos desprendermos de nossos pensamentos e desejos, em fim, de tudo aquilo que constantemente nos ocupa. O saber largar é o caminho que permite entrar em contato com minha fonte interior, o caminho que permite descobrir a riqueza verdadeira de minha alma em Deus e, percebo que é ele que me dá tudo o que necessito para viver.

    Corremos sempre o perigo de avaliar, apreciar e criticar a todo ser humano que encontramos. Aquele que conhece a si mesmo, não julga. Pois, quem se conhece a si mesmo, não vê as falhas dos irmãos"( Apot 1011). Os patriarcas e monges exortam a permanecer em si mesmo, a confrontar-se com a própria verdade e a não julgar os outros.

     Por mais que uma pessoa jejue e trabalhe muito, de nada adianta, se fica a julgar os outros. Apenas o leva a vangloriar-se perante os outros, a satisfazer sua soberba e sua auto estima. Para aquele que, na reflexão interior encontrou a si mesmo, confrontou-se com sua própria verdade e se empenhou para não julgar o outro, para este, é sinal de crescimento espiritual que conduz a Deus, o não julgar.

    O julgamento dos outros é sempre um sinal de que a pessoa ainda não se encontrou consigo mesma. Por essa razão pessoas piedosas se irritam com os outros. Sua piedade ainda não fez com que se confrontassem consigo mesmas e com seus próprios pecados. "Se alguém carrega seus próprios pecados, não fica reparando os pecados dos outros"(Apot 510). O julgamento dos outros nos torna cegos para as nossas próprias falhas. Calar em relação aos outros nos proporciona um auto conhecimento mais lúcido e faz com que paremos de projetar as nossa falhas sobre  eles.

    Se nos observarmos, podemos ver muitas vezes, que estamos prontos a julgar os outros. Não faz sentido algum, exaltarmos diante dos pecados do outro. E vez disso, melhor seria rezar por ele e experimentar através da oração que todos somos tentados e que ninguém de nós pode garantir que poderá livrar-se dos seus defeitos. Em vez de julgar o outro deveríamos, por meio da caridade, buscar conquistá-lo para Deus.

   O verdadeiro caminho da salvação é: 'colocar minhas próprias falhas à minha frente, e, meditando, sobre elas, pedir a Deus para me perdoar'. Quem conhece a si mesmo com sinceridade, torna-se misericordioso. E sabe no fundo de seu coração, que todos necessitamos de misericórdia de Deus. E quando Deus permite que o bem triunfe em nós, isso será sempre um prestígio de sua graça".

Reflexão: O calar é pois, segundo os monges, um auxílio para deixar de lado a projeção e, em vez disso, encarar o comportamento dos outros como um espelho para nós mesmos. "Ao xingarmos os outros revelamos aquilo que está em nós mesmos. Nós projetamos nossos próprios lados sombrios, nossos desejos e necessidades recalcadas sobre os outros. O calar é a renuncia a todo tipo de projeção. Muitas vezes, faz-se necessário o exercício consciente de calar a fim de que também o coração possa calar. Muitas vezes precisamos proibir-nos expressamente de falar sobre o outro a fim de podermos vê-lo sem preconceitos".

Fonte: Do livro: 'O Céu Começa Em Você' - A sabedoria dos padres do deserto para hoje
            autor: Anselmo Grün - Editora Vozes - 13a. ed. - 2005.
            Imagem:-  imagem silêncio-cit...jpg ( para representar 'Calar e não julgar'

domingo, 7 de abril de 2013

Igreja, criação de Deus, construção de Cristo.

                                    Foi confiada a homens o carisma de governar
     
               "Seu crescimento se identifica com o crescimento da Palavra." (At 6,7)

 "A Igreja é o templo de Deus, edificado sobre Cristo, fundamento, cabeça, pedra angular (1Cor 3,10-17 ; 2Cor 6,16ss).  A pedra viva rejeitada pelos homens mas escolhida por Deus. Ele é o Templo em que judeus e pagãos têm  indistintamente acesso ao Pai num mesmo Espirito (Ef 2, 14-22).  A casa de Deus, casa de oração, a casa de seu Pai. (Mt 21,12-17 ; Jo 2,16ss). "O corpo eclesial, só é vivo se é o Corpo de Cristo ressuscitado, que difunde o Espírito". (At 2,32) 

"A Igreja foi confiada a homens, os Apóstolos "escolhidos por Jesus sob a ação do Espírito Santo" ( At 1,2) e depois aqueles que por imposição das mãos, receberão o carisma de governar (1Tm 4,14; 2Tm 1,6). Conduzida pelo Espírito (Jo 16,13), a Igreja é coluna e suporte da verdade" ( Tm  3,15) capaz sem desfalecer, de guardar o depósito das sãs palavras recebidas dos Apóstolos ( 2Tm 1,13s). Constituída como Corpo de Cristo por meio do Evangelho (Ef 3,6) nascida de um só batismo (Ef 4,5), nutrida dum só pão (1Cor 10,17), ela reúne num só povo (Gl 3,28) os filhos do mesmo Deus e Pai (Ef 4,6);  ela desfaz as divisões humanos, reconciliando em um só povo judeus e pagãos (Ef 2,14ss), civilizados e bárbaros, senhores e escravos, homens e mulheres (Cor12,13; Cl 3,11; Gl 3,28). Essa unidade é católica, feita para reunir todas as diversidades humanas (cf At 10,13: "Mata e come"), para adaptar a todas as culturas (1Cor 9,20ss) e abraçar o universo inteiro (Mt 28,19)".

"A Igreja é *santa ( Ef  5,26), não somente sua Cabeça, suas junturas e ligamentos, mas também nos seus membros que o batismo santifica. Há sem dúvida *pecadores na Igreja (1Cor 5,12); mas eles aí são dilacerados entre o seu pecado e as exigências do chamado que os fez entrar na assembléia dos "santos" (At 9,13). A exemplo do Mestre, a Igreja não os repele e oferece-lhes o perdão e a purificação (Jo 20,23. Tg 5,15s ; 1J 1,9), sabendo que a cizânia pode se tornar trigo enquanto a morte não tiver antecipado para cada qual a *messe (Mt 13,30). A vida não tem seu fim em si mesma: ela conduz ao Reino definitivo que a parusia de Cristo introduzirá em seu lugar e no qual não entrará nada de impuro" (Ap 21,27; 22,1)"
               
 "Cada cristão é ele próprio templo de Deus, enquanto membro no Corpo de Cristo (1Cor 6,15) e seu corpo é templo do Espírito Santo". (1Cor 6,19 ).

Reflexão: "Jesus, a Cabeça da Igreja, é também o Salvador. O crescimento da Igreja se identifica com o crescimento da Palavra." (At 6,7 ; 12,24; 19,20). O ministério apostólico é essencialmente um serviço dessa Palavra que deve anunciada para ressoar no mundo inteiro (At 8,4.25; 13,5). Serviço sincero que não falsifica a mensagem (2Cor 2,17) serviço corajoso, que proclama com audácia" (At 4,31; Fp 1,14)."

 Fonte: -As Escrituras, a Bíblia
            -Vocabulário de Teologia Bíblica, Editora Vozes
            - Imagem: Igreja/Vaticano

quarta-feira, 3 de abril de 2013

A Igreja nasce na Páscoa de Cristo

                "São Pedro e São Paulo, as colunas da Igreja de Cristo"                                
                                                                                       
             "Sustentaram a Igreja tanto por sua fé, pregação, ardor e zelo missionário."

  "A Igreja nasce na Páscoa de Cristo,  quando Ele "passa" deste mundo a seu Pai (Jo 13,1).A efusão do Espírito começa desde o dia da Páscoa (Jo 20,22). Mas é em Pentecostes que se realiza a grande efusão carismática visando o testemunho dos Doze e a manifestação pública da Igreja, por isso esse dia é para ela como que a data do nascimento oficial.  Jesus "sopra" o Espírito  re-criador sobre os discípulos por Ele reunidos" ( Mc 14,27).

"Muitos sinais e maravilhas eram realizados entre o povo pelas mãos dos Apóstolos. Todos os fiéis se reuniam com muita união, no Pórtico de Salomão. Crescia sempre mais o número dos que aderiam ao Senhor pela fé, era uma multidão de homens e mulheres. A multidão vinha até das cidades vizinhas de Jerusalém, trazendo doentes e pessoas atormentadas por maus espíritos. E todos eram curados" (At. 5,12-16)

"Depois de Pentecostes, a Igreja primitiva cresce rapidamente, gerando novos cristãos. Aceitando a palavra dos Apóstolos, que gera a fé em Jesus ressuscitado, Senhor e Cristo, Chefe e Salvador, e recebendo o batismo da água e a imposição das mãos que confere o Espírito e seus carismas. Os batizados que constituem a Igreja são membros do Corpo de Cristo".

 "É sobretudo durante a fração do pão, isto é,  do banquete eucarístico que a unanimidade se faz e que se experimenta a presença de Cristo ressuscitado. Os fiéis estão agrupados sob a autoridade dos Apóstolos. Pedro está à frente, exercendo, de acordo com eles, o primado que recebeu de Cristo. E Paulo de sua parte está tomado dum amor ardente e concreto pela Igreja; e pondo em circulação em favor dos homens a preço de grandes sofrimentos ( 1Cor 4,15; Gl 4,19).  Depois, a Igreja foi dirigida por àqueles que por imposição das mãos, receberão o carisma de governar (1Tm 4,14; 2Tm 1,6). 
                            

Reflexão: "A Igreja é o Corpo de Cristo, lugar do encontro entre Deus e os homens,  sinal  da presença divina aqui na terra". Os cristãos, membros desse corpo são com ele o templo espiritual; na fé e na caridade eles devem cooperar para seu seu crescimento." (Ef 4,1-16). A Palavra de Deus é, por si  mesma, um poder de Salvação (At 13,26), Palavra de vida  (Fp 2,16), segura, viva e eficaz.( He 4,12). Graças a ela vencem as potências do mal (Ap 12,11), suscita nos homens fé, esperança e amor".

Fonte:- As Escrituras Sagradas, a Bíblia
          - Vocabulário de Teologia Bíblica- Editora Voz
          -imagem: os primeiros missionários da Igreja ;  igreja_ católica/ Vaticano

domingo, 31 de março de 2013

Feliz Páscoa, Jesus ressuscitou, aleluia!..

"A morte não tem mais poder sobre Ele".
"Este é o dia que o Senhor fez para nós: alegremo-nos e nele exultemos!"
                                         
"Ó Deus, por vosso Filho Unigênito, vencedor da morte, abriste hoje para nós as portas da eternidade. Celebrando a Ressurreição do Senhor, renovado pelo vosso Espírito, ressuscitemos na luz da vida nova". 

"A ressurreição de Cristo atestada pelos discípulos fortalece-nos na fé e nos encoraja  para sermos testemunha da Ressurreição: "E nós somos testemunhas de tudo que Jesus fez na terra dos judeus e em Jerusalém. Eles o mataram, pregando na cruz. Mas Deus o ressuscitou no terceiro dia, concedendo-lhe manifestar-se não a todo povo, mas às testemunhas que Deus havia escolhido: a nós, que comemos e bebemos com Jesus, depois que ressuscitou dos mortos. E Jesus nos mandou pregar ao povo e testemunhar que Deus o constituiu Juiz dos vivos e dos mortos. Todos os profetas dão testemunho dele. Todo aquele que crê em Jesus recebe, em seu nome, o perdão dos pecados".  ( At 10,34ª . 37-43)

" Dai graças ao Senhor, porque ele é bom! Eterna é a sua misericórdia! A casa de Israel agora o diga: eterna é a sua misericórdia! A mão  do Senhor fez maravilhas, a mão direita do Senhor me levantou. Não morrerei, mas ao contrário, viverei para cantar as grandes obras do Senhor!" ( Sl  117/118)

Reflexão: "Irmãos, se ressuscitamos com Cristo, esforçai-vos por alcançar as coisas do alto, onde está Cristo, sentado à direita de Deus; aspirai às coisas celestes e não às coisas terrestres. Pois vós morrestes, e a vossa vida está escondida, com Cristo, em Deus. Quando Cristo, vossa vida, aparecer em seu triunfo, então vós aparecereis também com ele, revestidos de glória". ( Cl 3,1-4)

Fonte: - As Escrituras Sagradas
           - O Povo de Deus - Arquiocese de Brasília - Domingo da Páscoa - 31/03/13
           - imagem: Páscoa - clubecançãonova.com

sexta-feira, 29 de março de 2013

Jesus, sua despedida, sua promessa e sua exigência...

                                "Como eu vos amei, amai também uns aos outros".
                                "Não vos deixarei órfãos, estarei convosco até o fim dos séculos"...

   Jesus participa da última Ceia com seus discípulos, sabendo que chegara sua hora de passar desse mundo para o Pai. Sabendo que o Pai tudo pusera em suas mãos e que ele viera de Deus e a Deus voltava. Levantou-se da mesa, depõe o manto, toma a toalha cinge-se com ela, depois põe água numa bacia e começa a lavar os pés dos seus discípulos dando o exemplo de humildade e serviço: "Se eu, o Mestre e Senhor, vos lavei os pés, também deveis lavar-vos os pés uns dos outros. Dei-vos o exemplo para que, como eu vos fiz, também vós o façais." Sua vida é exemplo de amor, humildade, serviço, compaixão, misericórdia e perdão.

  -Jesus celebra já seu triunfo como realizado: "Agora o Filho do Homem foi glorificado e Deus foi glorificado nele. Se Deus foi glorificado nele, Deus também o glorificará em si mesmo e o glorificará logo".A glorificação  de Jesus liga-se à sua partida. Para os judeus, a separação será definitiva (Lc 8,21), mas para os discípulos momentânea (Lc 14,2-3).

 -Sua promessa: "Filhinhos, por pouco tempo ainda estou convosco. Para onde vou vós não podeis ir."Não vos perturbeis vosso coração: Credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas, pois vou preparar-vos um lugar quando for e quando estiver preparado, virei novamente e levarei comigo, a fim de onde eu estiver estarei vós também. E para onde vou, conheceis o caminho".

 - Interpelado pelos discípulos sobre o caminho e sobre o Pai, Jesus esclarece:
 "Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém vem ao Pai a não ser por mim".  "Se me conheceis, também conhecereis meu Pai. Desde agora o conheceis e o vistes. Eu estou no Pai e o Pai está em mim. O Pai que permanece em mim, realiza suas obras. Crede-me: Eu estou no Pai e o Pai está em mim. Crede-o ao menos, por causa dessas obras. Se me pedirdes algo em meu nome eu o farei. Não vos deixarei órfãos"Jesus amou até o fim aqueles que ele considerou como seus".

-"Se me amais, observareis  meus mandamentos e rogarei ao Pai e ele vos dará o Paráclito, para convosco permaneça para sempre. O Espírito da Verdade que o mundo não pode acolher porque não o vê, nem o conhece. Vós o conheceis porque permanece conosco".

-Sua exigência: "Dou vos um mandamento novo, que ameis uns aos outros. Como eu vos amei, amai-vos também uns aos outros. Nisto reconhecerão todos que sois meus discípulos se tiverdes amor uns pelos outros".

Reflexão: Jesus se despede carinhosamente dos discípulos, num gesto de ternura e amor de Pai, chamando-os de filhinhos. Ele nos tranquiliza em relação a sua partida, prometendo-nos uma morada celeste para a todo aquele que nele crer e seguir seus mandamentos. "Amai-vos uns aos outros como eu vos tem amado". Perdoai, pois o perdão vos liberta. Praticai a caridade e a justiça para com os pobres. Sedes mansos e humildes de coração. "A obediência é o princípio da salvação, praticai  os mandamentos".

Fonte: As Escrituras- Evangelho de São João (13, 31-38 ; 14,1-31)
Imagem: Jesus e sua promessa

sexta-feira, 22 de março de 2013

Páscoa cristã, morte e ressurreição em Cristo

A vitória da vida sobre a morte, com a Ressurreição de Cristo.
         

                             
                                Jesus ressuscitou, ressuscitou verdadeiramente, aleluia!

 Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo - "Todo aquele que crer, ainda que morra, viverá" (Jo 11,25)  
   "No tempo de Jesus, a Páscoa judaica congregava em Jerusalém os fiéis de Moisés para a imolação do cordeiro Pascoal; ela comemora o Êxodo que libertou os hebreus da escravidão egípcia. Os judeus celebram sua libertação do jugo estrangeiro e esperavam um messias libertador nacional, enquanto que os cristãos festejam a libertação do pecado e da morte, unem-se ao Cristo crucificado e ressuscitado para partilhar com ele a vida eterna, mantem sua esperança para a sua parusia gloriosa. A salvação aparece como uma nova criação, um êxodo irreversível, uma vitória total sobre o mal, o paraíso". 

 "O enviado de Deus encarregado de instaurar essa transformação do mundo não é outro senão o Messias (Is 11,1-9), de sorte que a cada noite pascoal os judeus esperam sua vinda. E Jesus, o Messias vem para  tomar parte na Páscoa judaica. Jesus pronuncia palavras e realiza atos que pouco a pouco mudam seu sentido. Temos assim, a Páscoa do Filho único, a  Páscoa do novo Cordeiro, no qual Jesus toma o lugar da vítima pascal, institui a nova refeição pascoal e realiza seu próprio êxodo, "passagem" deste mundo pecador para o Reino do Pai" (Jo 13,1).

 "Nas bênçãos rituais destinadas ao pão e ao vinho enxerta Jesus a eucaristia, e dando a comer seu corpo e a beber o seu sangue derramado, ele descreve a sua morte como o sacrifício da Páscoa da qual ele é o novo Cordeiro ( Mc 14,22-24 p). Jesus Cordeiro, sua imolação e a morte na cruz, verdadeira vítima pascal ( Jo 1,29 . 36 ; 18,28 ; 19,36).  Segundo as sua próprias palavras, Jesus realizou (cumpriu) verdadeiramente a Páscoa pela oblação eucarística de sua morte, por sua ressurreição, pelo sacramento perpétuo de seu sacrifício".
 Jesus morreu para que todos que creem n'Ele tenham vida, vida eternamente. O mistério pascal terá para o cristão seu arremate com a morte, a ressurreição e o encontro com o Senhor".

Reflexão: "Com Cristo, viveremos o mistério da Páscoa morrendo para o pecado e ressuscitando para uma vida nova (Rm 6,3-11). Todos os cristãos são chamados a participar da Ceia do Senhor, o banquete eucarístico: "alimento necessário e dom de Deus em sua própria materialidade, o pão que o fiel cada dia pede a seu Deus pode significar, com o desenvolvimento da fé, a Palavra divina  e a Pessoa mesma do Salvador imolado, que é o verdadeiro pão do céu, o pão da vida, vivo e vivificador". (Jo 6,32.35.51).  Segundo São João, Jesus revela o sentido deste milagre afirmando que é o pão verdadeiro (Jo 6,32s).
 A páscoa terrestre o prepara para a última passagem, a Páscoa celeste, o banquete celeste para o qual todos caminhamos".

 Fonte: - As Escrituras, a Bíblia.
             - Vocabulário de Teologia Bíblica - Editora Vozes.
             -Imagens: Semana Santa jpg - O Sepulcro vazio jpg

segunda-feira, 4 de março de 2013

Quaresma, oportunidade para buscar o Sacramento da Reconciliação

com Deus e com o irmão...
                                       A humildade é uma grande obra, uma obra divina

O Evangelho desse domingo, nos chama a conversão do coração, a uma mudança de conduta, a deixar as paixões: o egoísmo, o amor próprio, o ressentimento, a soberba... "São as paixões da alma que devem ser primeiramente observadas e é com elas que se deve lutar. É somente então que se compreende algo acerca de Deus. Segundo Poimen, o tratamento das paixões é o caminho até Deus. "A escada para o reino do céu está escondida em tua alma.  Mergulha para dentro dos pecados que estão em ti e, assim, encontrarás ali uma escada pela qual  poderás ascender" ( Isaac 302)
   "O Senhor é indulgente, é favorável, é paciente, é bondoso e compassivo. Quanto os céus é distante da terra, tanto é grande o seu amor aos que o temem, os que atendem sua voz". "Mas se vós não converteis, ireis morrer todos... (a morte espiritual) " ( Lc 13,1-9)

  Reflexão: "Convencer do pecado quer dizer criar as condições para a salvação. A primeira condição da salvação é tomar consciência que somos pecadores e da hereditariedade e confessá-la diante de Deus e a Igreja recebe esta confissão para salvar o homem. É preciso abrir o coração para que se receba a graça do perdão, um dom gratuito de Deus. Salvar é abraçar e soerguer com o amor redentor, com o amor que é sempre maior que o pecado". 
  "O que precisamos fazer é, através  dos pecados, mergulhar dentro de nossa profundidade mais abissal. Porque é a partir do mais baixo que poderemos ascender até Deus. Somente o humilde que está preparado a abraçar seu húmus, sua humanidade, sua terrenidade, sua sombra, experimentará o Deus verdadeiro. A humildade é o caminho para Deus. "O homem necessita da humildade e do temor de Deus como necessita da respiração que lhe sai das narinas"(Miller, SabPad 49).

 Reflexão:   É a humildade que anima e faz buscar a verdade e faz abraçar a própria terrenidade e humanidade. Sem a humildade estamos continuamente no perigo de colocarmos Deus a nosso serviço".

Fonte: - As Escrituras, a Bíblia
            - O Céu Começa Em Você - Anselm Grun - Ed. Vozes,  13a. edição
            -Imagem: Jesus - arquivo - jpg

domingo, 17 de fevereiro de 2013

Quaresma, tempo de oração, penitência e conversão.




Penitência/ Conversão - "Deus nos chama a entrar em comunhão com ele. A resposta ao chamado de Deus exigirá de cada um de nós, de início, a conversão do coração, e depois durante toda a vida, uma atitude penitente. Isto nos leva a afastar-se do que é mau e voltar-se para Deus. O essencial da conversão implica numa mudança de conduta, uma nova orientação de comportamento. A insistência nas  disposições interiores, que é preciso apresentar-nos a Deus, com espírito de humildade e sinceridade, reconhecendo nossa culpa. Salmo 51( um diálogo com Deus, a confissão das culpas).
  Às pessoas de coração endurecido, Deus pode conceder uma graça, dando-lhes um coração novo e incutirá  nelas seu  Espírito, de modo que se apegarão a sua Lei e se arrependerão de sua má conduta. (Ez 36.26-31). O profeta Ezequiel nos suscita à conversão. "Rejeitai para longe de vós as transgressões que haveis cometido, e fazei-vos um coração novo e um espírito novo."Convertei-vos e haveis de viver"(18,31).
    "Digo-vos que haverá maior júbilo no céu por um só pecador que fizer penitência, do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento." ( Lc 15,7).   "Por isso, como diz o Espírito Santo: Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais os vossos corações, como por ocasião da Revolta, como no dia da tentação no deserto. ( Heb 3,7)
 
Reflexão: "Cada qual só pode responder por si mesmo, a cada qual se retribuirá conforme a sua própria conduta. Deus é um Pai cuja alegria consiste em  perdoar. (Lc 15)  O perdão de Deus vem através de Cristo. O perdão não é somente uma condição preliminar da vida nova, é um dos elementos essenciais. Jesus ordena a Pedro a perdoar incansavelmente, ao contrário do pecador que tende a vingar-se sem medida" (Mt 18,21 . Gn 4,24). Tomai precaução, meus irmãos para que ninguém de vós venha a perder interiormente a fé, a ponto de abandonar o Deus vivo. Antes, animai-vos mutuamente cada dia durante todo o tempo, compreendido na palavra hoje, para não acontecer que alguém se torne empedernido com a sedução do pecado".( Heb 3, 13)


Fonte:- As Escrituras Sagradas
          -Vocabulário de Teologia Bíblica - Ed. Vozes
          - imagem: imagens bíblicas.wordpres...

O verdadeiro jejum é

                                    romper as injustiças, dar alimento ao pobre...
                             

"Sabeis qual o jejum que eu aprecio? diz o Senhor Deus: é romper as cadeias injustas, mandar embora livre os oprimidos e quebrar toda espécie de jugo. É repartir seu alimento com aquele que tem fome, dar abrigo aos infelizes sem asilos, vestir os maltrapilhos, em vez de desviar-se de seu semelhante. Então, tua luz surgirá como  aurora, e tuas feridas não tardarão a cicatrizar-se; tua justiça caminhará diante de ti, e a glória do  Senhor seguirá a tua retaguarda. Às tuas invocações o Senhor responderá, a teus gritos dirá: Eis-me aqui!  Se expulsares de tua casa toda opressão, os gestos malévolos e as más conversações, se dás do teu pão ao faminto, se alimentas os pobres, o Senhor te guiará constantemente e renovará teu vigor. Então encontrarás tua felicidade no Senhor". (Is 58).

    Deus, fonte de toda misericórdia e de toda bondade nos indica o jejum, caridade e a oração como remédio contra o pecado. E a confissão de nossa fraqueza, humilhados pela consciência de nossas faltas, possamos ser confortados pela vossa misericórdia, como aconteceu na Parábola do filho pródigo: "Levantar-me-ei e irei a meu pai e dir-lhe-ei : Meu pai pequei contra o céu e contra a ti, já não sou digno de ser chamado teu filho... O pai movido pela compaixão correu ao seu encontro abraçou e o beijou. Este filho estava morto e reviveu; tinha se perdido e foi achado, façamos uma festa." (Lc 15,18-24).

Reflexão: A generosidade, a fraternidade para com os pobres levam ao perdão de muitos pecados e trazem ricas bênçãos para quem as pratica. E um coração contrito e humilde é o caminho para se chegar a Deus.

Fonte: - As Escrituras - do Livro do Profeta Isaías;
                                    - Evangelho de São Lucas,  Parábola do filho pródigo.
           -  imagem: imagens bíblicas.wordpres...

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

"Quaresma, tempo de preparação para a Páscoa".




  Mensagem do Papa Bento XVI, na abertura do início da Quaresma - fevereiro de 2013:

"Quaresma, tempo de preparação para a Páscoa. Esses 40 dias nos recordam os dias que Jesus passou no deserto, sendo tentado pelo diabo para deixar o caminho indicado por Deus Pai e seguir outras estradas mais fáceis e mundanas. Refletindo sobre as tentações a que Jesus foi sujeito, cada um de nós é convidado a dar a resposta a esta pergunta fundamental. O que é que verdadeiramente conta na minha vida? O senhor dela é Deus ou sou eu?  De fato, as tentações se resumem no desejo de instrumentalizar Deus para nossos próprios interesses, em querer colocar-se no lugar de Deus. Jesus sujeitou às tentações a fim de vencer o maligno e abrir-se o caminho para Deus. Por isso, a luta contra as tentações, através da conversão que nos é pedida na Quaresma, significa colocar Deus em 1o. lugar como fez Jesus, de tal modo que o Evangelho seja  a orientação concreta de nossa vida.
   Possa cada um de vós viver estes quarenta dias como um generoso caminho de conversão a santidade que o Deus Santo vos pede e quer dar! As suas bênçãos desçam abundantemente sobre vós e vossa família!" 

Fonte:  G1: Transmissão da mensagem do Papa bento XVI, pela rádio Vaticano            
imagem: papa-bento- xvi - 170118- jpg -

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

O poder de Deus na fraqueza...

                              Do que é morte em nós, Deus quer tirar a vida.
       "O princípio de tudo é viver a verdade  sobre nós mesmos, e a verdade nos libertará".

Fraqueza - "é qualquer limitação que se tenha herdado ou não tem meios de alterar. Todo mundo tem suas fraquezas, muitos defeitos e imperfeições:  físicas, emocionais, intelectuais e espirituais. Normalmente negamos nossas fraquezas, as defendemos, damos desculpas, escondemos, mas tornamos a senti-las.  Essa atitude de negação impede que Deus as utilize a nosso favor".

       "Deus escolhe pessoas comuns e imperfeitas, fracas, a fim de demonstrar o seu poder, realizando coisas extraordinárias, apesar de nossas fraquezas. Sua glória não poderia brilhar doutro modo. Quando o homem já não pode mais nada, Deus intervém (Is 41,12s), de tal maneira que fique bem claro que só Ele agiu. É Deus que que nos engaja em seu serviço; se ele fortalece o homem, é para que ele cumpra a sua vontade e realize o seu desígnio (Sl 41,10;  2Co 13,8). Paulo caracteriza o método divino: "O que há de fraco no mundo, foi isso que Deus escolheu para confundir os fortes" (1Co 1,27). "Tudo posso naquele que me fortalece", exclama Paulo" (Fp 4,13).

    "Na verdade, temos nos fixado muito mais nos nossos defeitos, nas nossas falhas, fraquezas, pecados e infidelidades, do que no amor de Deus. Cada um de nós tem carregado um fardo pesado no meio dos outros, em relação às imperfeições e fraquezas, como fôssemos envolvidos por uma sombra ou por uma cortina. Nós bem no fundo, acreditamos no amor de Deus, mas é aquele amor genérico. Quando se trata de acreditar naquele amor por mim, há uma nuvem que atrapalha e que me impede. O Senhor nos ama, ele é bom, concede graças; ele deseja rasgar as cortinas que nos impedem de receber o seu amor e nele acreditar".

  "Deus é cheio de bondade para conosco e quer fazer um verdadeiro trabalho de libertação em nós. E sabe por quê? Porque em primeiro lugar, aquilo que o inimigo deseja é  fazer-no desacreditar do amor de Deus. O inimigo vai pondo diante de nossos olhos e em nossas mentes e, em especial em nossos sentimentos, um peso naquilo que para nós é negativo. Assim o inimigo vai criando em nos um complexo de infidelidade e de incapacidade no que acabamos por acreditar. Nosso ser sofre por não conseguir ser aquilo que Deus nos criou".

 "Deus não ignora que existe desordem dentro de nós,  há coisas que não entendemos, não somos como gostaríamos de ser; trazemos feridas, mágoas, marcas e revoltas, temos pecados e muitas coisas mais; e sobre esse caos, repousa o Espírito Santo. O princípio de tudo é viver a verdade, quando conhecermos a verdade sobre nós mesmos, seremos libertados pela verdade. Temos que ser sinceros do caos que somos. Não precisamos tapar o sol com a peneira, porque sabemos que sobre esta realidade triste do pecado e de suas consequências que somos nós, repousa o Espírito de Deus. Como no começo da criação, ele quer por ordem no caos".

 "Da escuridão ele quer tirar luz, do que é morte em nós, ele quer tirar vida. Deus quer nos convencer disso e podemos canalizar toda nossa vida de forma torná-la um dom, ou um presente do Espírito Santo e, seu grande carisma é tirar do caos toda beleza, porque ele é o transformador e o demonstrou de forma concreta a começar pela Criação: ..."A terra estava informe e vazia, as trevas cobriam o abismo e o Espírito  de Deus pairava sobre as águas"(Gn 1,2). Ele trouxe luz às trevas e vida sobre a terra. Essa é a obra que o Espírito Santo quer fazer em nós: tirar do nosso caos filhos e filhas de Deus à imagem semelhança do Pai".

Reflexão: "Temos de ser realistas, ver nossa realidade como ela é, ter paciência com nós mesmos, mas ao mesmo tempo, querer verdadeiramente a nossa transformação. Esta é a razão de ser de nossa vida nesse tempo de transformação, no tempo que dispomos para sair do homem velho, para o homem novo, para que o Espírito Santo repousando sobre nós, possa tirar desse caos o homem novo, a mulher nova, feitos à imagem semelhança de Deus". 
     "Só podemos viver essa transformação pelo poder do Espírito Santo. "Sem mim nada podeis fazer",disse Cristo (Jo 15,5). Viver o Evangelho, é vida vivida em novo estilo e que brota em nós com satisfações e gostos novos. Quando passamos pela experiência da efusão do Espírito Santo, começamos sentir em nós gosto por coisas que antes não gostávamos, passamos a ter prazer em coisas novas. O Senhor quer fazer que todas essas coisas novas cresçam em nosso interior provocando uma verdadeira conversão a um estilo novo de vida. O Pai não esquece de nós. Nunca. "Ele é rico em misericórdia"(Ef 2,4). Penetra fundo nos acontecimentos e deles tira um benefício para nós. Deus sempre salva os que nele esperam".

Fonte: - As Escrituras, A Bíblia
           -Vocabulário de Teologia  Bíblica. Editora Vozes
           - Livro: -Curados para amar de Pe. Jonas Abib - Ed. Loyola . Editora. Canção Nova                                      
                     - Uma Vida Com Propósitos, Rick Warren - Ed. Vida - 2003.
                     - imagem: fraqueza - J.C. Barreau - Arquivo jpg

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

A tentação começa na mente,

um desejo dentro de nós
Entra em jogo nossa liberdade no tempo, diante de Deus e Satanás

Tentação -"é o ato de sedução de Satanás; leva o homem ao pecado (Rm 7, 9ss). A tentação vem do Tentador (At 5,3 ; ICor 7,5) através do mundo e sobretudo do dinheiro (1Tm 6,9). O homem tenta tornar-se "como Deus", uma tentativa provocada por uma sedução que culmina na morte, a morte do ser. (Gn 3 ; Rm 7,11). Satanás é percebido como o autor pessoal da tentação primeira".
    "Israel conhece a tentação da incredulidade, após saída do Egito. Ele contesta a presença do Deus salvador em meio a prova do deserto (Ex 17,7); quer sair da prova intimando Deus a terminá-la (Ex 15,21) obstina-se apesar dos sinais evidentes, em pedir "provas" do poder divino (Mc 8,11ss). 
    Além da tentação de querer ser como Deus, da tentação da incredulidade, de duvidar do poder de Deus,  de lhe de ser infiel, ou de lhe preferir o mundo, há ainda a do insulto, a da blasfêmia contra Deus.

  "A experiência da prova-tentação não é simplesmente de ordem moral; insere-se num drama religioso e histórico; faz entrar em jogo nossa liberdade no tempo, diante de Deus e Satanás. Toda tentação é uma oportunidade para você fazer o bem. No caminho do amadurecimento espiritual, cada tentação se torna um degrau, em vez de pedra de tropeço, quando você tem o discernimento entre o certo e o errado e escolhe o certo. A tentação apenas apresenta uma escolha, embora ela seja a principal arma de Satanás para a destruição, enquanto que Deus quer utilizá-la para fortificar você, para formar seu caráter: a mansidão, domínio próprio, o amor, a verdade...

"Aprendemos a verdadeira paz quando optamos por confiar em Deus em situações nas quais somos tentados a ficar preocupados ou temerosos. Da mesma forma a paciência é cultivada em situações nas quais somos forçados a esperar, enfrentando a tentação  de nos revoltar por causa de nosso pavio curto". Deus utiliza a situação oposta de cada aspecto para nos permitir fazer uma escolha. Você não pode afirmar que é bom, se jamais foi tentado a ser mau. Não se pode dizer que é  fiel, se nunca teve a oportunidade de ser infiel. A integridade é construída ao se derrotar a tentação da desonestidade, a humildade cresce quando nos recusamos ser arrogantes e a resistência se desenvolve toda vez que resistimos à tentação de desistir. Cada vez que você derrota a tentação, torna-se semelhante a Jesus".

"A tentação segue os mesmos artifícios desde a Criação. Nas Escrituras, observa-se que a tentação segue um processo de 4 fases, que Satanás usou tanto em Adão e Eva quanto em Jesus.
      Na 1a. fase, Satanás identifica um desejo dentro de você. Pode ser um desejo pecaminoso, como um desejo de vingança ou de controlar os outros, pode ser um anseio normal e legítimo, como o desejo de ser amado, valorizado e de sentir prazer. A tentação começa quando Satanás sugere (com um pensamento) que você ceda a um desejo maléfico ou realize um desejo legítimo de forma errada ou na hora errada. Tome cuidado com os atalhos; frequentemente são tentações. Satanás sussurra: "Você merece isso! você deveria ter isso agora! Vai ser emocionante, confortante, vai fazer que você se sinta melhor"
   " Pensamos que a tentação está ao redor de nós, mas Deus diz que ela começa dentro de nós. Se você não tiver desejo interno, a tentação não tem como atraí-lo. A tentação sempre começa na sua mente, e não na circunstância onde ela ocorre. Jesus disse: Pois do interior do coração dos homens vêm os maus pensamentos, as imoralidades sexuais, os roubos, os homicídios, os adultérios, as cobiças, as maldades, o engano, a calúnia, a arrogância e a insensatez. Todos esses males vêm de dentro e tornam impuro o homem. (Mc 7,21-23). Donde vem as lutas e contendas entre vós? Não vem elas de vossas paixões? Deus resiste aos soberbos, mas dá sua graça aos humildes (Tg 4, 1- 6).
     A 2a. fase é a dúvida - Satanás tenta fazê-lo duvidar do que Deus disse sobre o pecado: "Será que é mesmo errado? Será que Deus realmente proibiu fazer isto? Não é possível que Deus tenha proibido isso para outro povo, em outra época? Deus não quer que eu seja feliz? A Palavra de Deus adverte: tomai precaução! Não deixem os maus pensamentos ou dúvidas levarem algum de vocês a se afastar do Deus vivo (Hb 3,12).
     A 3a. fase  é o engano - Satanás é incapaz de falar a verdade e é chamado pai da mentira. (Jo 8,44) tudo que ele disser será falso ou nada além de meia verdade. Satanás oferece a mentira para substituir o que Deus já disse em sua Palavra. Satanás diz: "você não vai morrer.Você será mais esperto que Deus. Você pode se dar bem com isso. Ninguém vai saber. É apenas um pecadinho". Mas um pecadinho é como uma gestação recente: acabará aparecendo.
   A 4a. fase é a desobediência - Você acaba agindo de acordo com a ideia que vinha alimentando em sua mente. O que começou com simples uma ideia, nasce como conduta. Você cede a qualquer coisa que chamar sua atenção e cai nas armadilhas do inimigo. Tiago alertouas pessoas tentadas quando são atraídas e enganadas pelos próprio maus desejos; esses desejos fazem com que o pecado nasça, e o pecado uma vez consumado gera a morte" (Tg 1, 14-16).

Reflexão: É importante lembrar que "sua forma de pensar determina sua forma de sentir, e o que você sente influencia sua forma de agir. Tenha cuidado com que você pensa, pois sua vida é dirigida pelos seus pensamentos. Deixem que Deus os transforme em nova pessoa, mudando a maneira de pensar. Nossos atos devem ser coerentes com nossa fé, respaldadas por uma atitude cristã".
  "Os que vivem segundo a carne gostam do que é carnal; os que vivem segundo o espírito apreciam as coisas que são do espírito. Ora, a aspiração da carne é a morte, enquanto a aspiração do espírito é vida e paz. Portanto, se viverdes segundo a carne, haveis de morrer; mas se pelo Espírito mortificardes as obras da carne, vivereis, pois todos os que são conduzidos pelo Espírito de Deus, são filhos de Deus e co-herdeiros de Cristo, com quanto soframos com ele, para que também com ele sejamos glorificados"(Rm 8,5-6; 13-16). Feliz o homem que não cede e não pratica o mal quando é tentado, porque depois receberá como recompensa a coroa da vida que Deus prometeu àqueles que o amam" (Tg 1,12).

Fonte: -As Escrituras, a Bíblia
             -Vocabulário de Teologia Bíblica -Ed. Vozes
             - Livro: Uma Vida com Propósitos de Rick Warren - Ed. Vida
             -imagem: tentação 1. jpg

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

O mistério do sofrimento e

                                            o  escândalo da morte do justo
                  Jesus, o inocente, dilacerado pelo sofrimento, intercede ao Pai pelos pecadores

Sofrimento - é um mal indevido; ele é universal. A Bíblia leva a sério, não o minimiza, dele se compadece profundamente e vê nele um mal que não deveria ser. Há no universo potências malignas, hostis ao homem, as  da  maldições  de  Satanás. O pecado traz a desgraça ( Pr 18,8;  Is 3,11). No nascedouro  da infelicidade que pesa sobre o mundo tem que colocar-se o primeiro pecado (Gn 3,14-19). Os clamores do sofrimento: o luto, derrotas e calamidades,  a tirania dos que se sentem poderosos, os escravizados, os explorados... no mais das vezes, tais gritos se elavam a Deus.

O escândalo do sofrimento -"A morte atinge improvisadamente pessoas de condições mais diversas; é dolorosamente sentida. Pior ainda é o escândalo da morte do justo e da longevidade do ímpio (Ecs  7,15;  Jr 12,1s). Este mundo é um verdadeiro escalabro da justiça (Ha 1,2-4; Ml 2,17;  Sl 37; 73). Mas nenhum dos tais agentes naturais, nem a natureza, nem o acaso (Ex 21,13) nem a fatalidade da vida do homem, nem a fecundidade funesta do pecado, nem à maldição(Gn3,14;  2S 16,5), nem o próprio Satanás - escapa ao poder de Deus".

Mistério do sofrimento - "Dilacerados pelo sofrimento, mas movidos por sua fé, profetas e sábios entram progressivamente no "mistério" (Sl 73,17). Descobrem o valor purificador do sofrimento, semelhante ao do fogo que separa o metal das escórias (Jr 9,6;  Sl 65,10).  Seu valor educativo é semelhante a uma correção paterna (Dt 8,5;  Pv 3,11s;  2Cro 32,26), e acabam vendo na rapidez do castigo como que um efeito da benevolência divina. O sofrimento e a perseguição podem ser expiação do pecado (Is 40,2). Suscitado pela fé no plano de Deus, o sofrimento se torna uma provação muito elevada, que Deus reserva aos servos de que se orgulha: Abraão (Gn 22), Jó (11,1; 2,5), Tobias Tb 12,13) e Jeremias que passa da revolta a uma nova conversão (Jr 15,10-19). Enfim, o sofrimento tem valor de intercessão e de redenção".

Jesus é inocente,  conhece o sofrimento sob as formas mais temíveis e escandalosas que o desfigurou ao ponto de nem mesmo provocar compaixão e sim horror e o desprezo ( Is 52,14s) 53,3). Há culpa e de proporções inauditas, mas não nele: em nós, em todos nós. Ele é inocente, eis o cúmulo do escândalo. É aí que está o mistério, "o êxito do plano de Deus" (Is 53,10). Inocente, "ele intercede pelos pecadores" ( Is 53,12) oferecendo a Deus não só a súplica do coração, mas a sua própria vida em expiação (53,10),
deixando-se confundir entre os pecadores (53,12) para tomar sobre si as faltas dos mesmos. Todo o sofrimento e todo o pecado do mundo se concentra nele e, porque os suportou com obediência e amor, ele obtém para todos a paz e a cura (Is 53,5).  Os sofrimentos  do cristão são "os sofrimentos de Cristo (nele)" (2Cor 1,5). Se "somos com ele", é "para sermos glorificados com Ele" (Rm 8,17). Cristo se fez solidário com os que sofrem, ele deixa aos seus a mesma lei" ( 1Cor 12,26; Rm 12,15; 2Cor 1,7).

Os sofrimentos do Filho do Homem - "Ele sofre por causa da multidão "incrédula e pervertida"(Mt 17,17 como uma "raça de víboras" (Mt 12,24), sofre com a rejeição dos seus que "não o reconhecem"(Jo 1,11). Chora diante de Jerusalém (Lc 19,41; cf  Mt 23,27); a ideia de sua Paixão (Jo 12,7), seu sofrimento e torna uma aflição mortal, uma "agonia" um combate angustiado e atemorizado (Mc 14,33s; Lc 22,24). A Paixão concentra todo o sofrimento humano possível. Mas a Paixão redentora revela a glória de do Filho (Jo 17,1; 12,31s) ela reúne em torno dele, na "unidade, os filhos de Deus dispersos" (Jo 11,52). Aquele que nos dias de sua vida mortal pôde "vir em auxílio dos que são provados" (He 2,18) quererá no dia do juízo, quando voltar gloriosamente identificar-se com todos os sofredores da terra (Mt 25,35-40).

 Deus quer conceder a vida ao homem pecador: a doença, o sofrimento, revelam ao homem sua qualidade de pecador. Por outro caminho, Deus revela que entrega o pecador à solidão para também suscitar a conversão. Posto a margem da sociedade dos homens, o infeliz então se reconhece em estado de pecado e eles se tornam um apelo à conversão. O cristão vê o sofrimento através de Jesus Cristo, fixando os olhos no autor de nossa fé... que suportou uma cruz (He 12,1s). Cristo se fez solidário com os que sofrem, ele deixa aos seus a mesma lei ( 1Cor 12,26; Rm 12,15; 2Cor 1,7).  Deus não elimina o sofrimento do homem, consola-o (Mt 5,5); não elimina as lágrimas, só seca algumas delas ao passar (Lc 7,23; 8,52), em sinal da alegria que irá unir Deus e seus filhos no dia em que "ele enxugará toda lágrima de todos os rostos" (Is 25,8;  Ap 7,17; 21,4). O sofrimento pode ser uma bem-aventurança, porque prepara para aceitar o Reino, permite "revelar as obras de Deus" (Jo 9.3), "a glória de Deus" e a "do Filho de Deus".

Reflexão: No sofrimento, o homem vê sua pequenez, sua impotência diante da vida, sua condição de pecador, suas misérias espirituais, surgindo aí, a grande oportunidade de interiorização e conversão. Deus quer conceder a vida ao pecador, Ele quer a salvação do homem. "Não é o evitar o sofrimento, a fuga diante da dor, que cura o homem, mas a capacidade de aceitar a tribulação e nela amadurecer, de encontrar sentido através da união com Cristo, que sofreu com infinito amor" ( Papa Bento XVI ). "O sofrimento e apenas o sofrimento abre no homem a compreensão interior" ( Gandhi ).
 
Fonte:  -As Escrituras, A Bíblia
            -Vocabulário de Teologia Bíblica - Ed. Vozes
            -imagem: Paixão de Cristo, o sofrimento -  e  cristo_na_cruz
                           

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Deus prova o homem para conhecer seu coração,

                             a realidade profunda,  além das  aparências incertas...                             
                     A prova é um dom da graça, e a tentação um convite ao pecado .

Provação - lembra uma realidade voltada para a ação: um exame, um concurso; a outra ligada ao sofrimento: uma doença, um luto, um fracasso. De acordo com uma sabedoria já religiosa - o sofrimento é sentido como um teste revelador do homem.

O sentido ativo é primário na Bíblia,  "por à prova"-  significa procurar conhecer a realidade profunda, além das aparências incertas. Como uma liga, como um adolescente, deve o homem "provar o seu valor"; não havendo nisso nada de aflitivo.

Deus prova o homem para conhecer o fundo do seu coração, ( Dt 8,2) e para dar a vida (Tg 1,12). E o homem tenta também provar a si que é  "como Deus",  mas sua tentativa é por uma sedução e culmina na morte, (Gn 3; Rm 7,11). Aqui a prova se torna tentação, e um terceiro personagem intervém: o Tentador".

Assim, a "prova" está indicada para conceder a vida (Gn 2,17) ; Tg 1,1-12), enquanto que a tentação "gera a morte" (Gn 3 ; Tg 1,13s); a prova é um dom da graça, e a tentação um convite ao pecado. A humanidade está engajada numa prova que a transcende e que ela não vencerá senão pelo efeito duma graça (Gn 3,15) pela vinda da descendência que levará a prova a seu termo vitorioso. Cristo é a descendência segundo a promessa, o primogênito do povo novo. No deserto, Jesus vence o tentador em seu próprio terreno (Lc 4,1s ; 11,18s). Ele é ao mesmo tempo o homem que se alimenta da Palavra de  Deus e "Javé salvador" a quem seu povo continua a tentar (Mt 16,1 ; 19,3;  22,1)

Deus tem um propósito por trás de cada problema -  Ele usa  as circunstâncias para desenvolver nosso caráter, e para nos trazer para perto de si. "O Senhor está perto dos que tem o coração quebrantado e salva os de espírito abatido" (Sl 34,18). "Quando passais por diversas provações, sabeis que a prova da vossa fé produz a paciência. Mas é preciso que a paciência efetue a sua obra, a fim de serdes perfeitos e íntegros, sem fraqueza alguma. Se alguém necessita de sabedoria, peça a Deus - que a todos dá liberalmente, com simplicidade e sem recriminação - e ser-lhe-a dada. Mas peça com fé sem nenhuma vacilação" ( Tg 1,2-6).

 "É somente ao sofrer que conheceremos a Jesus. No sofrimento, aprendemos coisas a respeito de Deus que não podemos aprender de nenhuma outra forma.Os problemas nos forçam a olhar para Deus e a depender dele em vez de confiar em nós mesmos.  Suas mais íntimas e profundas experiências de adoração ocorrerão nos dias mais sombrios, quando seu coração estiver partido, você estiver abandonado, não tiver nenhuma opção, a dor for intensa -  você vai buscar somente a Deus. É durante períodos de sofrimento que podemos aprender a fazer nossas orações mais sinceras, autênticas e honestas para com Deus. Quando sentimos dor física ou emocional, não fazemos orações superficiais. Tudo concorre para o bem daqueles que amam a Deus. E por outro lado, todas as coisas contribuem para o mal daqueles que vivem em oposição a Deus, insistindo em seguir o próprio caminho".


Reflexão: Cada problema é uma oportunidade para edificação do caráter;  o domínio próprio, mansidão, produz paciência e prova a fé e a esperança. E "sabemos que Deus age em todas as coisas para o bem daqueles que amam e são chamados...". As Escrituras comparam as provações ao fogo que refina o metal, queimando as impurezas. Pedro nos diz: "Essas dificuldades vêm para provar que sua fé é pura. Essa pureza de fé vale mais que o ouro" (1P 1,7).Jesus nos disse que teríamos problemas no mundo.Coragem, eu venci o mundo" (Jo 16,33)  Ele estará conosco até o final dos séculos. Aquele que nos dias de sua vida mortal pôde "vir em auxílio dos que são provados" (He 2,18),quererá, no dia do juízo, quando voltar em glória, identificar-se com todos os sofredores da terra (Mt 25,35-40).

Fonte:- As Escrituras Sagradas, a Bíblia
           -Vocabulário de Teologia Bíblica - Ed. Vozes
           -Uma Vida com Propósitos - Rick Warren - Ed. Vida
           -imagem: 33 jpg - quando passamos por provações.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Planejados para agradar a Deus

                               e  adorá-Lo em espírito e verdade
       "Tu criaste todas as coisas, e é para teu agrado que elas existem e foram criadas". (Ap 4.11)

 Planejados para agradar a Deus - Todos fomos planejados para agradar a Deus. "No momento que cada um nasceu Deus estava lá como testemunha invisível, sorrindo ao assistir o seu nascimento. Ele quis que cada um viesse ao mundo, e a chegada de cada um deu lhe enorme prazer. Deus não precisava nos criar, mas escolheu fazê-lo para satisfação dele", para participar da obra da Criação.
    Viver em seus caminhos, deve ser o primeiro propósito de nossa vida. "Se somos tão importantes para Deus, se ele nos considera valiosos o suficiente para nos manter consigo por toda a eternidade, que maior relevância nós poderíamos alcançar? As Escrituras nos dizem que Deus quis que nos tornássemos seus filhos, por meio de Jesus Cristo, pois esta é a sua vontade". E Jesus veio para nos ensinar tudo que seu Pai lhe deu a conhecer.

 "Adorarás o Senhor teu Deus, e só a ele prestará culto"(Mt 4,10). É nosso primeiro dever para com Deus, adorá-lo. É nosso dever e salvação darmos glória a Deus. O gesto clássico do "orante" na liturgia cristã - com os braços estendidos, as mãos exprimindo, conforme sua posição, a oferenda, a súplica ou a saudação,  inclui o seu sentido profundo.

 O Senhor se agrada somente daqueles que o adoram e confiam em seu amor( Sl  147,11).Quando adoramos, nosso objetivo é agradar a Deus e não a nós mesmos. Nossa motivação é glorificar e    agradar ao nosso Criador; uma necessidade intrínseca de nos ligarmos a Deus. Adorar é tão natural quanto comer e respirar. Quando não conseguimos adorar a Deus, sempre achamos um substituto, ainda que no fim seja nós mesmos. A razão pela qual Deus nos fez com esse desejo  é que ele anseia por adoradores! Jesus disse: "...os verdadeiros adoradores hão de adorar o Pai  em espírito e verdade, e são estes os adoradores que o Pai deseja" ( Jo  4.23).

Jesus Cristo é o Senhor - a adoração reservada ao Deus único é devida a Jesus crucificado, confessado como Senhor e Cristo (At 2,36). "Ao seu nome se dobra todo joelho no céu, na terra e nos infernos"(Fp 2,9ss ;  Ap 15,4). Adoração ao Messias, um Deus feito homem e salvador (Ap 13,4-5). A adoração não cessará nem de dia nem de noite (Ap 4,8) pela qual são rendidas honra e glória Àquele que vive pelos séculos. (Ap 4,10 ; 15,3s)

"Qualquer atitude que venha agradar a Deus é um ato de adoração. Adorar é um estilo de vida". Tudo o que fizerem,  façam de todo coração, como para o Senhor, e não para os homens.(Col 3,23  ) este é o segredo de um estilo de vida em adoração. Em Isaías,  cap. 29, Deus reclama  de uma adoração sem entusiasmo e hipócrita, louvores fingidos, palavras vazias. O senhor diz: "Esse povo se aproxima de mim com a boca e me honra com os lábios, mas seu coração está longe de mim. A adoração que me prestam é feita só de regras feitas pelo homem".( Is 29,13).

 Louvar deve ser a nossa primeira atividade - assim que abrirmos os olhos pela manhã, e nossa última atividade ao fechá-los à noite. A adoração, não é fazer parte de nossa vida, ela deve ser nossa vida. O rei Davi disse: "Eu agradecerei ao Senhor o tempo todo. Minha boca sempre o louvará" (Sl  39,1).Cada atividade  pode ser transformada em ato de adoração, quando se faz para louvar, para glorificar a Deus. Sua vida diária, seu dormir, comer, trabalhar e passear, ponha diante do Senhor como oferta (Rm 12,1). O seu trabalho se torna ato de adoração quando você o dedica a Deus e o realiza consciente de sua presença. Procuremos sempre ajuda do Senhor, estejamos na sua presença e cantemos glórias e louvemos ao Senhor desde o nascer até o por do sol. (Sl  113,3).

  Sem fé é impossível agradar a Deus, pois para se chegar a ele, é necessário que se creia  primeiro que ele exite e que recompensa os que o procuram (Hb 11,6).

Reflexão: "A essência da adoração é a rendição ao Senhor, um ato inteligente e racional.  E o maior obstáculo às bênçãos de Deus em sua vida não são os outros, mas você mesmo: sua teimosia, seu orgulho obstinado, egoísmo e sua ambição. Você não pode cumprir os propósitos de Deus em sua vida enquanto estiver enfocado em planos pessoais. Seus momentos mais sábios serão aqueles que disser sim a Deus".

Fonte: - As Escrituras Sagradas.
            - Vocabulário de Teologia Bíblica, Ed. Vozes
            - Livro: Uma Vida com propósitos - de Rick Warren - Ed. Vida, 2003
           imagem: Chamado de Deus -jpg

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

"Bem aventurados os pobres de espírito, porque é deles o Reino do Céus".

                  Os que doam suas vidas ao serviço e amor aos pobres...
                      esses, são os herdeiros privilegiados do Reino de Deus.

Jesus nunca compactuou com a miséria. Todavia, se quisermos ser felizes, é necessário que tenhamos espírito de pobreza.

O que é ter espírito de pobreza? "É ter uma alma pobre; simples, um desapego interior com respeito aos bens temporais; uma disposição interior, uma atitude da alma que nos revela as riquezas espirituais, estes são os herdeiros privilegiados do Reino de Deus. Eles têm a consciência de sua miséria espiritual, a humildade, e a sua necessidade do socorro de Deus. A pobreza do coração é a pureza e a simplicidade com a qual acolhemos tudo que a vida nos dá".

Qual é a diferença entre rico e pobre, no sentido evangélico? "O rico crê que tudo pode ser comprado, até mesmo o amor. O rico é alguém a quem tudo é devido ---- e o pobre no sentido evangélico, é alguém a quem tudo é doação, um presente de Deus. Jesus pede aos seus o desapego interior com respeito aos bens materiais (quer possua ou não) a fim de se serem capazes de desejar as verdadeiras riquezas (cf, Mt 6,24 .33;  13,22). Na prosperidade econômica é grande o perigo de fazer-se ilusões sobre a própria indigência espiritual" (Ap 3,17).

"Em certos momentos da nossa vida, nos conduzimos como ricos. Cremos que a amizade nos é devida, que o tempo bom nos é devido. E nos tornamos muitos exigentes e muito difíceis de conviver com aqueles que nos rodeiam, porque sempre queremos mais. Jesus tem razão quando diz que são infelizes os que tem espírito de riqueza, os que exigem sem cessar que o mundo corresponda a seus desejos. Mas, felizes são aqueles que sabem acolher todas as coisas como um dom, como um presente".

"No tempo de Jesus, os ricos não eram somente aqueles que possuíam riquezas materiais, mas eram também os chamados fariseus que diziam possuir a verdade, que possuíam o conhecimento, que diziam ser justos, que se tomavam por modelo da humanidade. Os que pretendiam ter não somente as coisas materiais, mas também as riquezas intelectuais e espirituais".

"Deus não é um bem que se pode possuir, como a verdade não é um ter que se pode possuir. Infelizes são aqueles que se fazem proprietários da verdade, e felizes aqueles que não se tornam proprietários dela, diz o Evangelho".

 
"de alma simples, disposição interior e de total desapego"

"Assim os pobres "voluntários," na humildade paciente, assim aqueles aos quais a pobreza tocou com resultado das circunstâncias, ou perseguição, também eles são bem aventurados no Reino de Deus, pelo menos permanecem generosos em sua indigência (cf. Mt 12,41-44) e se aceitam de boa mente a própria sorte "em vista duma riqueza melhor e estável" (He 10,34). Desde agora, apesar de sua pobreza material, eles são de fato ricos por sua fidelidade na provação (Ap 2,9ss). O evangelista Lucas pôs em evidência as maravilhosas compensações na vida futura". (Lc 6,20ss).

 "Mas nem por isso a miséria humana deixa de ser uma condição inumana, e o Evangelho tem as mesmas exigências de justiça social que os profetas (cf. Mt 23,23; Tg 5,4). Os ricos tem neste mundo deveres imperiosos para com os pobres e serão associados à sua felicidade eterna sob a condição de os acolher, a exemplo de Deus (Lc 14,13.21). O serviço aos pobres é agora uma expressão de nosso amor a Jesus: é na verdade a ele que neles recorremos, na expectativa de seu retorno glorioso" (Mt 25,34-46). 'Se alguém...vê seu irmão na necessidade e lhe fecha as entranhas, como permaneceria nele o amor de Deus?"(1J 3,17).

 Reflexão:  Somos convidados a ter uma disposição interior, uma simplicidade de alma; à renunciar 'o apego' aos bens temporais, sendo generosos com a devida atenção aos pobres; ter a consciência que temos nossa miséria espiritual no plano religioso e da nossa necessidade do socorro de Deus.

Fonte: -A Escritura, a Bíblia
           -Vocabulário de Teologia Bíblica - 5a. ed. - Ed. Vozes
           - Livro das Bem Aventurança e do Pai Nosso - de Jean -Yves Leloup - 2a. ed. / 2.004 - Ed. Vozes
           - imagens:  Madre Tereza de Calcutá
                            (1a.)- 500x259 - totustuusvirgomaria.wordprss.com ;
                             (2a.) -480x234  umaestrelacomjesus.blogspot.com