sexta-feira, 25 de maio de 2012

A Revelação de Deus em Jesus Cristo

                   Deus  envia seu Filho único ao mundo por amor ao homem                                                                  
                                           Jesus Cristo, o eleito de Deus
"É uma iniciativa gratuita de Deus, o único a quem possa confiar a sua obra e que seja capaz de realizar plenamente o seu desejo.O próprio Deus atesta que em Jesus de Nazaré, ele chega finalmente ao termo da obra que tinha iniciado ao escolher Abraão e Israel". (VTB)
       O "Eis o meu eleito!" de Isaías- anunciava o triunfo de Deus. Só Cristo é o eleito de Deus, e não há eleitos senão nele. Ele é a pedra escolhida, a única; aquele que vive um destino único, o do Filho do Homem, e a realizar a própria obra de Deus".
   A vinda de Jesus Cristo mostra até onde pode ir a generosidade divina:" a ponto de dar seu próprio Filho (Rm 8,32), num misto de ternura, fidelidade, misericórdia e graça de Deus. Todas as Escrituras relatam a eleição de Israel, e Jesus sabe que todas têm em vista a ele ( Lc 24,27; Jo 5,46) o que suscita a vontade de servir e de cumprir até o fim aquilo que tem ser cumprido" (Jo 4,34). (VTB )
     "Em Jesus Cristo, Deus se revelou de maneira definitiva e total: tendo dado seu próprio Filho, não tem mais nada para reservar a si e não pode senão dar ( cf. Rm 8,23).A certeza básica da Igreja é: com a vida, morte e ressurreição  de Jesus, Deus se realizou o seu gesto supremo e que todo homem pode doravante ter acesso a ele. " Esse Jesus crucificado . . .  Deus o fez Senhor e  Cristo . . .  a promessa é para vós, para vossos filhos e para aqueles que estão longe" ( At 2,36-39)." Por ele arrependimento e remissão dos pecados" ( At 5,31). Deus está  a nosso alcance, por uma demonstração inaudita de poder e amor, na pessoa de Cristo, ele se oferece a quem o quer receber. Em Jesus Cristo, Deus mesmo nos dá a prova decisiva do seu gesto de amor. Entregando à morte por nós, "o seu filho bem-amado" ( Mc 1,11; 12,6), sua prova de amor pela humanidade. (VTB - p.226)
     "Aderir a Jesus na fé é conhecer o verdadeiro Deus: "a vida eterna é . . . conhecer o único verdadeiro Deus e o seu enviado, Jesus Cristo" ( Jo 17,3).
    "Ele é o único mediador entre Deus e os homens." Mediador pelo fato de ser Deus-Homem.. Traz em Si o mundo da divindade, todo o Mistério trinitário e ao mesmo tempo o mistério da vida no tempo e na imortalidade. É verdadeiro homem. N'Ele o divino não se confunde com o humano. Permanece algo essencialmente divino".  (João Paulo II)
   "Cristo absolutamente original, ser único e irrepetível!  "Cristo não se assemelha nem a Maomé, nem a Sócrates, nem a Buda. Não fala apenas como Maomé, promulgando princípios de disciplina religiosa, a quem devem ater-se todos os que adoram a Deus. Cristo não é simplesmente um sábio no sentido em que foi Sócrates, cuja livre aceitação da morte em nome da verdade tem, no entanto, traços de semelhança com o sacrifício da cruz. Menos ainda é parecido com Buda, com sua negação de todo o mundo criado. Buda tem razão ao não ver a possibilidade de salvação para o homem na criação, mas se engana quando por esse motivo recusa a todo o mundo criado qualquer valor para o homem. Cristo não faz isto nem pode fazê-lo, pois é a testemunha eterna do Pai e daquele amor que o Pai tem por Sua criatura desde o início. O Criador, desde o princípio vê um múltiplo bem na obra criada e faz o homem a sua imagem semelhança." (João Paulo II ).
   Missão de Jesus :- "O Filho do Homem veio . . . para anunciar o Evangelho, para aperfeiçoar a Lei e profetas, chamar não os justos, mas os pecadores, procurar e salvar o que estava perdido, servir e dar a sua vida em resgate ( Mc 10,45p)...Veio dar testemunho de Deus e de seu reino diante de todas as nações do mundo. O único desejo de Jesus é fazer a vontade d'Aquele que o enviou, realizar as suas obras e dizer o que dele ouviu. A fé que ele exige dos homens é uma fé na sua missão, isto implica ao mesmo tempo a fé no Filho como enviado e, a fé no Pai que o enviou".
   "A missão de Jesus se prolonga pela missão de seus profetas enviados, os Doze Apóstolos - Jesus os envia para pregar o Evangelho e curar os enfermos.   Jesus diz: "Quem vos ouve a mim ouve, quem vos rejeita a mim rejeita e quem me rejeita, rejeita Aquele que me enviou" (Jo 13,20) "Como o Pai me enviou , também vos envio" (20,21). Todas as missões  dos enviados divinos são relativos ao desígnios da salvação." (VTB p.601)
     Jesus e a Igreja: "Cristo, desde o início, se acha no centro da fé e da vida da Igreja que confessa: "Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo". Assim confessa através dos séculos, juntamente com todos aqueles aos quais o Pai revelou o Filho no Espírito Santo revelou o Pai" (Mt 11,25-27).(João Paulo II)
    A Revelação é definitiva: "Só se pode aceitá-la ou rejeitá-la. Pode aceitá-la confessando Deus Pai Onipotente Criador do céu e da Terra, e Jesus Cristo, o Filho, da mesma substância do Pai e o Espírito Santo que é Senhor e dá a vida". (João Paulo II)
    "Somente Deus pode dar ao homem a vida eterna, um dom divino (Jo 3,16).
   "O Filho do Homem não veio para julgar o mundo, mas para salvá-lo. ". Salvar significa libertar-se do mal, da morte do ser, da perda da vida em Deus". (João Paulo II).
    Jesus no  Plano de Salvação:- "O próprio Jesus se vê no centro do plano de Deus, no seu envio pelo Pai e sua vinda a este mundo, o cumprimento da vontade do Pai, a sua paixão" ( Mt 5,17 ) Se  Ele prega a Boa Nova do Reino, cura os doentes e expulsa os demônios é para significar que Ele é Aquele que devia vir e que o Reino chegou, atingindo sua etapa decisiva.  ( Mt 4,17.23p ).O Evangelho que é proclamado frente ao mundo já não é somente o Evangelho do Reino, é o Evangelho da salvação que chegou em Jesus, o Messias e Filho de Deus, salvação a partir de agora acessível a todos os homens que creem em seu Nome" (At 2,36.39)
   " Em Jesus Cristo, o Reino de Deus está presente e sua Palavra produz o efeito: os que nele creem têm a plenitude da sua alegria,  não se trata de um entusiasmo passageiro que Palavra suscita e a tribulação destrói, mas uma alegria que é fruto do Espírito que faz os Apóstolos cantarem nas piores provações (Jo.16,22). (VTB).
    A  existência de Jesus é a revelação concreta do amor de Deus. "Jesus é o homem que realiza o diálogo filial com Deus e dele dá testemunho diante dos homens. Jesus é Deus que vem viver em plena humanidade o seu amor e faz ouvir o seu ardente apelo. Na pessoa de Jesus, o homem ama a Deus e é amado por ele. Esse amor pede reciprocidade, cumprimento dos preceitos. É em Jesus que se lhe presta obediência e amando-O,  ama-se o Pai. Amar Jesus é guardar integralmente sua Palavra e segui-lo, renunciando a tudo que impede sua relação com Deus." (VTB)
    A adesão ao amor divino - "não é questão de encontro físico, nem raciocínio humano; para ele requer o dom do Espírito, que cria no homem um coração novo e uma vida transformada pela graça. Todo homem precisa do Espírito para poder dizer "Pai" e glorificar a Cristo, e o homem chega por esse caminho a um conhecimento mais profundo dos desígnios divinos. Deus quer levar os homens a uma vida de comunhão com Ele. É esta idéia fundamental para a doutrina da salvação, que se expressa no tema Aliança".(VTB)

Reflexão: - Só em Jesus Cristo encontraremos o verdadeiro sentido da vida, experimentaremos o amor que tanto buscamos, a felicidade que desejamos e o repouso da alma em Deus. Jesus é luz na vida daqueles que o seguem.

 Fonte: -As Escrituras Sagradas, a Bíblia.
            -VTB - Vocabulário  de Teologia Bíblica, Ed Vozes
           - Cruzando o Limiar da Esperança por Sua santidade João Paulo II -  de Vittório Messori - Ed. Francisco Alves - 1a. edição - 1994.
   -Imagem de Cristo:   imagem-de-cristo-1195541145_cristo_024 jpg - fabiomw.com.

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Existe verdadeiramente um Deus no céu ?

             Deus existe, é o Senhor da Criação: "EU SOU aquele que é"  (Ex 3,14)                    
            A revelação do Deus invisível na humanidade visível de Jesus Cristo
           
Ao ler as sábias declarações do Papa João Paulo II na entrevista realizada pelo jornalista do livro Cruzando o Limiar da Esperança, considerei preciosas as informações sobre a existência de Deus. Achei providencial transcrever algumas delas, colocando inclusive como título desta página a pergunta do entrevistador: "Existe verdadeiramente um Deus no céu?". Considerando que muitas pessoas têm dúvidas nos dias de hoje, talvez não tiveram acesso a esse conhecimento, 'a certeza da existência de Deus', por não ter tido oportunidade de ir ao encontro da Verdade sobre Deus.
DEUS existe
 Respondendo a essa e outras perguntas, Sua Santidade o Papa fala:
"A pergunta sobre a  existência  de  Deus se acha  intimamente  ligada à finalidade da existência humana. Não é só uma questão intelectual, que diz respeito à inteligência mas também, uma questão que se refere a toda existência humana" (GS 10 ).
    "A  Deus ninguém nunca viu ( nem  pode ver) "(cf .Jo 1,18). Toda vida humana é o "co-existir" na dimensão cotidiana - "tu" e "eu - e também na dimensão  absoluta e definitiva " eu" e "TU". A tradição gira  em torno  deste TU, que é antes de mais nada o Deus de Abraão, Isaac, Moisés e Jacó, o Deus dos Patriarcas, e depois o Deus de Jesus Cristo e dos Apóstolos, o Deus da fé.
    "Nossa fé vem dos nossos antepassados, do povo eleito por Deus e na comunhão com este eterno TU. Tal coexistência é essencial para a nossa tradição judeu-cristão e provém da iniciativa do próprio Deus. Ela está na linha da criação, da qual é o prolongamento, e é  como ensina o Apóstolo Paulo, ao mesmo tempo "a terna eleição do homem no Verbo que é o Filho" (cf. Ef 1,4).- ( João Paulo II, p. 52)
   " A auto-revelação de Deus se efetua em particular no Seu "humanizar-se". Deus verdadeiramente se fez homem no Seu Filho, que nasceu da Virgem Maria. Mais tarde através da Paixão, da Cruz e da Ressurreição, A auto-revelação do Deus na história do homem atingiu o ápice: a revelação do Deus invisível na humanidade visível de Jesus Cristo."
    " Os Apóstolos pediam a Cristo: " Mostra-nos o Pai" (Jo 14,8). Sua resposta é até hoje uma resposta chave:" mostra-nos o Pai?! Não credes que eu estou no Pai e o Pai está em mim?...Crede em mim... Ao menos, crede por causa das obras...Eu e o Pai  somos um" (cf. Jo 14,9-11; 10,30). As palavras de Jesus  vão muito longe. Aqui, estamos diante de uma experiência direta, aquela que aspira o homem contemporâneo. Mas não é o conhecimento "face a face" (I Cor 13,12), o conhecimento de Deus como Deus.
    "O homem não estava em condição de suportar tamanha proximidade de Deus, e começaram os protestos. Foi "escândalo para os judeus, loucura para os pagãos".  Sinagoga e depois o islamismo não  aceitaram  um Deus tão  humano."Isto não combina com Deus! "protestam eles."  Ele  tem que permanecer  absolutamente  transcendente, deve  permanecer pura Majestade. Certamente. Majestade cheia de misericórdia, mas não ao ponto de pagar as culpas da própria criatura, seus pecados.
     "Deus se desvelou ao homem, no que tem de mais divino, no que é Sua vida íntima: desvelou seu Próprio mistério. Não se preocupou que o desvelamento O ofuscaria aos olhos do homem, porque o homem não é capaz de suportar o excesso de Mistério. O homem ainda não tem consciência que Deus é  Aquele  no qual  "vivemos, nos movemos e existimos", (cf. At 1,28). (João Paulo II, p.55,  56)
  " Pergunta-se se Jesus deveria ser confirmado por sua Morte e Ressurreição?  São Paulo diz:  "Mas se Cristo não ressuscitou, é vã nossa pregação, é vã nossa fé.(1 Cor 15,14). Jesus Cristo é o único mediador entre Deus e os homens."
    Se Deus é Amor por que tanto mal?
    "Sem dúvida, Deus condena toda injustiça violenta. Deus se faz defensor das vítimas das injustiças dos homens e mais especialmente do órfão, da viúva e do pobre. Deus é Amor, mas a vontade de amor de Deus se esbarra na vontade pecadora do homem. A história de Adão é sempre atual, a raiz do mal que se instalou no ser humano desde seu nascimento; o homem se afastou de Deus e sem Deus no coração, suas obras são más."
     Deus o fez livre, mas o pecado o fez escravo - " Deus criou o homem dotado de razão e liberdade, e  por isso, submeteu-se ao seu próprio juízo . Ao juízo do homem vem somar-se a intervenção do espírito maligno, que com perspicácia maior ainda se acha disposto a julgar não só o homem, mas também a ação de Deus na história da humanidade".
     " Diante da  liberdade  humana, Deus quis se fazer-Se "impotente". A sabedoria e onipotência de Deus se põem, por livre escolha, a serviço da criatura. Se na história humana está presente o sofrimento, compreende-se porque Sua onipotência se manifestou com a onipotência da humilhação mediante a Cruz. O escândalo da Cruz é para sempre a chave de interpretação do grande mistério do sofrimento, que pertence à história da humanidade. Cristo crucificado é uma prova da solidariedade de Deus com o homem sofredor. Deus fica ao lado do homem e o faz de modo radical: " Aniquilou-se a si mesmo, assumindo a condição de servo, por solidariedade aos homens. E humilhou-se fazendo-se obediente até a morte,  morte de cruz". ( Fl 2,7-8). Tudo se encerra nisto: os sofrimentos individuais e coletivos, os sofrimento causados pelas forças naturais, e os causados pela livre vontade humana, as guerras, os holocaustos: o dos judeus e o dos escravos negros da África. Deus está sempre junto dos sofredores".
     "Este mundo na verdade foi reduzido à servidão do pecado, mas "Deus entregou Seu Filho Unigênito para que todo aquele que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna" ( Jo 3,!6). O Cristo crucificado quebrou o poder do maligno e o libertou,  para se transformar de acordo com o plano de Deus até chegar à consumação. Cristo dizia aos Apóstolos: "Coragem, pois eu venci o mundo!".
    " Deus é Amor, por isso entregou ao mundo Seu Filho, para revelá-Lo com amor. Cristo é Aquele que amou até o fim, isto é até o último suspiro. (Jo 13,1). 'Até o fim' - quer dizer: aceitando todas as consequências do pecado do homem, assumindo-o sobre si, as nossas dores, como afirmara o profeta Isaías: "Todos nós andávamos extraviados como ovelhas, cada um de nós se desviava para o próprio caminho, mas o Senhor fez cair sobre ele a iniquidade de todos nós" (Is 53,4.6). O Homem das dores é a revelação daquele Amor que "tudo suporta" (cf. 1Cor 13,13).Ele revela que Deus não apenas é Amor, mas derrama o amor em nossos corações por meio do  Espírito Santo" (cf. Rm 5,5). Assim, nos encontramos no próprio centro da história da salvação. E salvar quer dizer libertar do mal. Mal ainda mais radical é  o homem ver-se rejeitado por Deus, isto é a eterna condenação como consequência da rejeição de Deus por parte do homem. E o que é esta vida eterna? Ela é a felicidade que vem da união com Deus. Cristo nos afirma: "A vida eterna consiste em que te conheçam a ti, um só Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo que enviaste".(Jo 17,3).A união com Deus se efetua na visão do Ser divino "face a face".
     "Os julgamentos de Deus na história de cada um -"A fé no julgamento de Deus é um dado fundamental, que jamais se põe em dúvida. Nenhum pecador dele pode escapar. Será  julgado com a mesma medida que se tiver aplicado ao próximo. Deus  julgará cada um segundo as próprias obras, sem fazer acepção de pessoas." (VTB). Contudo, o amor de Deus por nós já se manifestou em Cristo e aqueles que vivem segundo os ensinamentos do Senhor, nada tem a temer. Cristo é o único mediador entre Deus e os homens. É mediador pelo fato de ser Deus-Homem. N'Ele o divino não se confunde com o humano. "O filho do Homem não veio para julgar o mundo, mas para salvá-lo" (cf. Jo 3,17)  
      "Convencer do pecado quer dizer criar as condições para a salvação:A primeira condição da salvação é ter consciência da própria pecaminosidade, da hereditariedade do pecado; é também necessário reconhecer pecador e confessá-lo diante de Deus, ou seja receber esta confissão para salvar o homem. Portanto, salvar é abraçar e soerguer com amor redentor, com amor que é sempre maior que qualquer pecado" (João Paulo II)
  
     REFLEXÃO: Deus existe e está presente  nos corações e na história daqueles que o acolhem e seguem os seus preceitos, cujos frutos são de fraternidade e amor ao próximo: a luta pela dignidade humana, pela justiça e pela edificação do homem como pessoa.
    O mal no mundo- vem com a corrupção do homem, o pecado. "O abandono a Deus, fazendo-se deus do seu próprio destino e a prática de todo tipo de maldade e injustiças sociais que tem como consequência os sofrimentos da humanidade. "Uma cegueira tão obstinada não se explica senão pela influência perversa de Satanás: o pecado escravizando o homem" (João Paulo II a/ Messori). O materialismo, a idolatria, a mentira, o dinheiro como senhor das pessoas; a vaidade do poder, do ser, do ter, o egoísmo, o orgulho e  a ausência de Deus no coração do homem, levam à prática de obras más. A ganância, caracterizada pelos falsos doutores que sob a aparência de justos, procuram o lucro desenfreado a custa da exploração do homem pelo próprio homem, gerando  miséria, violência moral e social de toda espécie, além da banalização da vida.
    "Deus nos fez livres, portanto, responsáveis pelos nossos atos. Nossa responsabilidade é pessoal e social, é uma responsabilidade diante de Deus. Quando nascemos, Deus não pediu nossa participação,  recebemos de graça o dom da vida. Com a liberdade concedida e diante das transgressões praticadas Deus nos chama à conversão, através de Jesus Cristo, o caminho de salvação. Ele é amor e misericórdia." (João Paulo II a/Messori) Somente Deus pode nos salvar, contando com nossa colaboração. "Jesus Cristo deu testemunho não só da existência de Deus, da vida e da imortalidade, a qual Deus chama todo homem" ( João Paulo a/Messori). Sejamos portanto seus seguidores.

Fonte: -Cruzando o Limiar da Esperança /Depoimentos de João Paulo II a/ Vitório Messori - Francisco Alves, 1994 - 1a.edição.
            - VTB -Vocabulário de Teologia Bíblica- 5a. edição, Editora Vozes
            - Imagem de Deus: Deus-7497 jpg - valdecionoticias.blogspot.com

sábado, 5 de maio de 2012

Profetas, os mensageiros de Deus

                         Deus se comunica com seu povo eleito, através dos Profetas

       
  Deus escolheu os profetas e os envia para trabalhar no seu reino, o plano de Salvação.


   "O profeta é o mensageiro e interprete da palavra de Deus. O espírito do Senhor os unge e fica sobre eles ao anunciar a boa nova a todos, principalmente aos pobres, a curar os quebrantados de coração, proclamar a liberdade aos cativos, a libertação aos que estão presos..."
   Eles são os amigos de Deus, aqueles que ouvem a sua voz, seus preceitos e os põem em prática. Ao chamado de Deus, responde cada qual com seu temperamento pessoal. Deus, Senhor da vida, não exige de suas criaturas frutos sem lhes dar os meios.
  A mensagem profética raramente se dirige a um individuo, exceto em algumas situações.  Ela o faz num contexto mais amplo, às nações, reis e reinados. Sua mensagem refere-se ao presente e futuro.  Só lentamente é que Israel chegou a definição do monoteísmo: a afirmação da existência de um Deus único. A partir daí, Israel não reconhecia senão Iahweh, o Senhor dos homens e da história. Esse reconhecimento foi fruto da pregação dos profetas inspirados por Deus. Sua moral está fundada no direito promulgado por Deus. À Santidade de Deus se opõe a impureza do homem.  Os profetas pregam insistentemente que o pecado separa o homem de Deus, é um atentado contra o Deus de justiça, o Deus de amor, contra o Deus de santidade. É a morte do ser.
   Os profetas têm como missão, pregar o reino de Deus, denunciar o pecado, o dos chefes e o do povo e chamá-los à conversão dos corações, a uma mudança de vida. O pecado se torna uma realidade bem concreta na nossa vida  e ficamos sabendo no que dá o abandono de Deus: corrupção, violências, rapinas, julgamentos iníquos, homicídios, usura e todas as desordens sociais.
Assim diz Iahweh: "Foram vossas iniquidades que criaram um abismo entre vós e eu. Por causa de vossos pecados ele escondeu o seu rosto de vós, para não vos ouvir. Com efeito, vossas mãos estão manchadas de sangue e vossos dedos de iniquidades; vossos lábios falam mentiras e vossa língua profere maldade. Não há quem acuse com justiça, não há quem mova uma causa com lealdade. Todos põem a confiança em coisas vãs e pronunciam falsidades, concebem a fadiga e dão à luz à iniquidades.
Seus pés correm atrás do mal, seus pensamentos são iníquos..."  Lançai para fora todas as coisas abomináveis que seduzem vossos olhos, não contamineis com os ídolos que vos escravizam, porque eu sou vosso Deus. Escutai minha voz , e eu serei vosso Deus. Andai segundo meus estatutos, observai minhas normas e praticai-as.
    "Permanecei firmes portanto, e não vos deixeis prender de novo ao jugo da escravidão. Aguardai, no Espírito, a esperança da justiça que vem da fé agindo na caridade. Que a liberdade não sirva de pretexto para a carne, mas pela caridade, colocai-vos a serviço uns dos outros. Ora, os frutos da carne são manifestas: fornicação, impureza, libertinagem, idolatria, feitiçaria, ódio, rixas, ciúme, iras, discussões, discórdia, divisões invejas, bebedeiras, orgias e coisas semelhantes a estas, a respeito das quais eu vos previno. Os que praticam tais coisas não herdarão o reino de Deus. É para a liberdade que Cristo nos libertou.  Mas, o fruto do Espírito é:  amor, alegria, paz, longevidade, bondade, fidelidade, mansidão, autodomínio, pois os que são de Cristo Jesus crucificaram a carne com suas paixões e desejos. A generosidade de Deus derrama sobre toda a carne, a sua graça não permanece guardada, somente pelo "amor por vós e fidelidade à palavra jurada aos vossos pais."
  "Deus exige fidelidade do seu povo à Aliança que ele renova livremente. Se Abraão e Moisés são modelos de fidelidade, Israel no seu conjunto imita a infidelidade da geração do deserto. E onde não se é fiel a Deus, a fidelidade para com os homens desaparece. Só lentamente é que Israel chegou a definição do monoteísmo: a afirmação da existência de um Deus único. A partir daí, Israel não reconhecia senão Iahweh, o Senhor dos homens e da história. Esse reconhecimento foi fruto da pregação dos profetas inspirados por Deus. Sua moral está fundada no direito promulgado por Deus. À Santidade de Deus se opõe a impureza do homem.  Os profetas pregam insistentemente que o pecado separa o homem de Deus, é um atentado contra o Deus de justiça, o Deus de amor, contra o Deus de santidade. Exortam à conversão.
    "A confiança que é condição para a fidelidade, pois o amor cuja prova é a fidelidade perseverante. Os que permanecem no amor terão, só eles, plena segurança no dia do julgamento e da vinda de Cristo, pois o perfeito amor desterra o temor. Deveis santificar o dia do Senhor de modo que seja um sinal entre mim e vós, para que saiba que eu sou vosso Deus."
    Dentre outros profetas, citamos:
  " -Abraão, o pai da multidão das nações e também o pai na fé, modelo de fidelidade
   -Moisés,  profeta da libertação do povo de Israel do Egito, dos prodígios diante do Faraó
   -Samuel, foi o amado pelo Senhor, ele estabeleceu a realeza e ungiu os chefes estabelecidos.
   -Isaías, foi a luz das nações e testemunho da verdadeira fé.
   -Jeremias, de alma terna feita para amar foi enviado para "arrancar e destruir, para exterminar e demolir". Denunciou a apostasia de Israel, o desvio de Israel, a corrupção moral de Judá, as desgraças das guerras, os exilados; pregando à conversão, a Aliança e o culto verdadeiro ao Deus único.
   -Ezequiel, foi considerado o pai do judaísmo; é sobretudo um homem de visões, sua doutrina tem como núcleo a renovação interior: é preciso criar um coração novo e um espírito novo. O próprio Deus dá um coração "novo", e fundirá no homem um espírito "novo", cuja benevolência divina previne o arrependimento e a  graça. Denuncia os pecados de Israel, o castigo, os falsos profetas, a idolatria e a infidelidades de Israel, a espada de Iahweh contra os crimes de Jerusalém, a profecia dos ossos secos, além de outros...
  -Daniel, interprete de sonhos e visões . Deus concedeu a Daniel e mais três jovens hebreus a ciência e a instrução nos domínios da literatura e da sabedoria, denunciam a condenação dos judeus.
  Os Profetas, Jeremias, Zacarias, Daniel, já profetizavam a vinda do Messias, Isaías profetizava sobre o Servo sofredor, a paixão e morte do Salvador. O profeta Ezequiel, sem dúvida esperava a vinda de um novo Davi, quando nenhum descendente estava mais no trono".

   REFLEXÃO:
   Deus ama o pecador, só não ama o pecado. O pecado é a morte, a morte do ser, uma ruptura com a Aliança de Deus. Entretanto, ele é um Deus misericordioso, pronto para o perdão. Ele quer nos dar a vida e vida em abundância. Não poupou nem seu próprio filho Jesus por amor à humanidade, por amor a você, por amor a mim.
   "Deus aproxima daqueles que o invocam, os que o invocam com sinceridade de coração. O Senhor nosso Deus nos diz: "Escutai a minha voz, e eu serei vosso Deus e vós sereis o meu povo. Andai em todo caminho que eu vos ordeno para que vos suceda bem. E não escutaram nem prestaram ouvido; andam conforme os seus desígnios, na dureza de seu coração perverso e deram as costas em vez da face."
  "Quando em sua oração um homem não se lembra de suas ações, ele está se esforçando em  vão  com sua oração. Auto conhecer-se é uma condição para a oração. Se quiseres chegar ao conhecimento de Deus, procura antes conhecer-te a ti mesmo" (Anselm Grün)

Fontes:  -As  Escrituras Sagradas- Os profetas -Introdução/ livros proféticos
             -Vocabulário de Teologia Bíblica, Ed. Vozes,  5a. edição
             -Oração de Autoconhecimento, de Anselm Grün,  Ed. Vozes- 3a. edição
             - Imagem para exemplificar os Profetas: IwjaI 0044 bpg bíblicasimagens.blogspot.com. Galeria de Imagens Bíblicas