segunda-feira, 11 de junho de 2012

Jesus é luz na vida dos que o seguem

                             "Não vim para julgar o mundo, mas para salvá-lo"
            "Quem me segue não anda nas trevas, mas terá a luz da vida"( Mc 8,12)       
   Luz,  só Jesus - a luz que vem do alto!
   "A sua ação iluminadora é em decorrência daquilo que ele é em si mesmo: a própria Palavra de Deus, vida e luz dos homens, luz verdadeira que ilumina todo homem vindo a este mundo". "Eu vim ao mundo, para todo aquele que crê em mim não ande nas trevas." (Mc 12,46)  A revelação de Jesus como luz do mundo, vem mostrar que é o oposto das trevas, no plano moral: a luz refere ao domínio de Deus e de Cristo como sendo do bem e da justiça; as trevas referem ao domínio de Satanás como sendo do mal, da impiedade, embora Satanás se disfarce de anjo de luz para seduzir os homens.   (2Cor 6,14 . 11,14)
  Das trevas à luz - Por nascença, todos os homens pertencem  ao domínio das trevas, notadamente os pagãos "de pensamentos obscurecidos" ( Ef  4,18). Foi Deus que nos chamou das trevas à sua admirável luz ( 1P 2,9). A graça decisiva é experimentada na hora do batismo, quando "Cristo luziu sobre nós"( Ef 5,14) e fomos "iluminados" ( He 6,4). Outrora éramos trevas, agora, luz no Senhor (Ef 5,8) o que nos propõe uma linha de conduta: "viver como filhos da luz" ( Ef  5,8)
 Os iluminados são aqueles que foram batizados no Espírito Santo e o dom do Espírito Santo é um dom gratuito. Quando nos esforçamos para amar, não estamos sob a ação do Espírito Santo. Com esforço, nos cansamos e nos desanimamos. É preciso que acreditemos que é através da fé, do perdão de Jesus que realmente amamos. Deus se manifesta na pessoa concreta de Jesus. Deus atua na existência da pessoa. Ele se manifesta numa experiência concreta, ex.: a história de Abraão, de são Paulo, e outros...  Deus se manifesta não pela lei, mas pela gratuidade.  Experimentando a gratuidade do perdão e do amor no nosso coração, nós mudamos...
  Os que fazem o mal fogem da luz,  para que suas obras não sejam reveladas; os que agem dentro da verdade  aproxima da Luz e creem na luz para se tornarem filhos da luz. ( Jo 3,19ss . 12,36). Jesus recomendava: é preciso que o homem não deixe apagar-se na luz interior, assim como precisa velar sobre seu olho, lâmpada do seu corpo. São Paulo também recomendava: " é necessário revestir-se  das armas da luz e desfazer-se das obras das trevas, na preocupação de não sermos surpreendidos pelo 'Dia do Senhor.' ( Rm 13,12s) . (1Tl 5,4-8)
  Nossa sociedade nos conduz para alienação... O mundo inteiro se acha subordinado à precariedade, submetido à corrupção e à morte do ser.. Mas o Senhor providenciará os acontecimentos para que possamos sair desse estado de vida. Através do Espírito Santo, conheceremos a gratuidade do perdão, experimentaremos amar o outro sem esforço, com o amor de Jesus.
  Na Igreja e no Evangelho encontraremos a fé em Cristo Jesus. A fé vem pela escuta da Palavra. E a conversão poderá vir com muita leitura das Escrituras. Ela denuncia o que está errado em nossa vida. "A Palavra de Deus nos diz: você é pecador! E a Igreja nos leva a convencer-nos do pecado através da Palavra, o que não equivale a condenar. Pois,"O Filho do Homem não veio a este mundo para condená-lo, mas para salvá-lo". Convencer do pecado quer dizer criar as condições para a salvação. A primeira condição da salvação é tomar consciência que somos pecadores e da hereditariedade e confessá-la diante de Deus e a Igreja recebe esta confissão para salvar o homem. É preciso abrir o coração para que se receba a graça do perdão, um dom gratuito de Deus. Salvar é abraçar e soerguer com o amor redentor, com o amor que é sempre maior que o pecado". A parábola do filho pródigo continua sendo a este propósito um paradigma insuperável" (João Paulo II).
  Reveja o amor, a misericórdia de Deus e a graça do perdão, nessa parábola: o filho que estava perdido reconhece pecador, confessa seu pecado ao Pai, que o perdoa e o recebe com grande festa. (Lc 15,11)
A missão da Igreja deve ser: sal - luz e fermento: "Os cristãos devem ser o sal que salga a massa. Temos que ser o fermento que faz crescer a massa, então, estas pessoas serão iluminadas. "Judas, são todos aqueles que negam Cristo, que são contra Jesus. É preciso cultivar a amizade de Jesus. Judas não vibrava com Jesus porque não cultivou Jesus no seu coração, tinha um coração endurecido. O Senhor nos dá um coração sensível, novo, que vibra com os pobres" ( João Paulo II)..

Reflexão -  Jesus é luz que vem do alto e os que o seguem têm sua história iluminada.
"É preciso andar na luz  para estar em comunhão com Deus. O critério é o amor fraternal, por aí se conhece se está nas trevas ou na luz do mundo. Nossa amizade com Jesus deve ser cultivada dia a dia  para que não fiquemos acostumados com os milagres de Jesus e não fiquemos de coração endurecido, acostumados com "minhas maravilhas", com a rotina, o meu trabalho, o sucesso..."

Fonte: -As Escrituras Sagradas
           -VTB - Vocabulário de Teologia Bíblica, Ed. Vozes
           -Cruzando o Limiar da Esperança, João Paulo II - Vittorio Messori - Ed. Francisco Alves
           -imagem: jesus + a + luz + do  mundo.jpg

sábado, 2 de junho de 2012

A auto suficiência do homem exclui Deus na história

                            A inteligência do homem é um dom concedido por Deus                          
                      O homem se afasta de Deus...e experimenta o vazio da alma
  
 "O racionalismo iluminista colocou entre parênteses o Deus verdadeiro e, de modo particular, o Deus Redentor, onde o homem deveria viver, deixando-se guiar pela própria razão, com se Deus não existisse; podia aceitar um Deus que fosse deixado fora do mundo, pois a existência do Criador ou da Providência de nada servia à ciência, agindo como se Deus não existisse ou seja como se Deus não se interessasse pelo mundo".
     "O racionalismo moderno foi o responsável pelo afastamento gradual do Cristianismo. Cerca de 50 anos após Descartes, tudo aquilo que era cristão na tradição do pensamento europeu já tinha sido colocado entre parênteses.  A Revolução Francesa, durante o Terror, derrubou os altares consagrados a Cristo, lançou os crucifixos pelas ruas e introduziu o culto da deusa Razão e com base nessa deusa se proclamou a liberdade, igualdade, a fraternidade. Desse modo, o patrimônio do Cristianismo se viu arrancado do seu fundamento evangélico, embora Cristo permanecesse vivo desde o início no centro da Igreja.
   "Segundo a mentalidade iluminista, o mundo não precisa do amor de Deus: ninguém precisa  da Sua intervenção no mundo que existe, o mundo auto-suficiente transparente ao conhecimento humano, com pesquisas científicas, sempre mais livre dos mistérios, sempre mais submetido a inesgotável mina de matérias-primas e às técnicas modernas. É justamente este mundo que deve fazer capaz de fazer o homem feliz. 
     Cristo diz a Nicodemos que "Deus amou tanto o mundo" que entregou seu Filho Unigênito para que o homem não pereça. Jesus dá a entender que o mundo não é fonte definitiva de felicidade do homem. Ao contrário pode vir a ser fonte de sua perdição. Este mundo que surge como uma grande construção do conhecimentos elaborados pelo homem, como o progresso e a civilização, como o moderno sistema de meios de comunicação, como um regime de liberdades democráticas sem limite algum, mas este mundo não tem condições de fazer o homem feliz. O mundo inteiro se acha subordinado à "precariedade",como diz São Paulo na Carta aos Romanos, acha-se submetido à corrupção e à mortalidade. A imortalidade não pertence a este mundo."( de João Paulo II)
    Os valores, antes e depois da guerra modificaram a sociedade - surgiu o homem niilista, aquele que vendo o sofrimento deixou de acreditar em Deus. Ocorreu então, o período da dessacralização ou seja, perdeu-se o sentido de Deus nas pessoas, nas coisas, no sacrário. Aconteceu tanto na igreja como fora dela, surgindo então, o homem prático, o técnico que só acredita na ciência.
    Um segundo homem surge, o socialista, aquele que sai do tempo de guerra e vê que o sofrimento humano depende das estruturas e por isso luta para mudar essas estruturas. Ele reduz a humanidade a um robô e trata o homem como uma peça de engrenagem. Acha e professa que mudando as estruturas, ele será feliz. É justamente este mundo que devia fazer o homem feliz, mas ele não tem condições de fazê-lo feliz. Esse mundo com suas riquezas e carências, tem necessidade de ser levado à salvação, de ser redimido.
    O homem niilista e o socialista também aparecem dentro da Igreja. Nesse tempo, a estrutura encobria o Cristo ressuscitado; os padres niilistas passam a fazer psicanálise ao invés de mostrar a misericórdia de Deus, enquanto que o homem socialista queria apenas mudar as estruturas. Entretanto, o que mata o homem não vem de fora, mas o que vem de dentro dele: se o coração do homem continua egoísta, perverso, as estruturas nada resolvem. Ex.: O moço e sua herança: o seu irmão toma e outro diz:- Senhor, meu irmão tomou toda a minha herança e Jesus responde: "minha justiça não é dessa terra". O homem deixa o pecado se instalar em si e vê a carne tornar seu próprio entendimento, endurece seu coração e produz obras más. Mas, um ato de fé pode arrancar o pecador da dominação da carne.
     "Com a descristianização ocorre o divórcio entre o dia das pessoas e a vidas delas ou seja, a ausência de Deus na vida das pessoas. Há pessoas que vão à Igreja, que assistem à missa, comungam, mas não se vê nelas nenhum sinal de fé; não deixam ser transformadas pela Palavra de Deus. Elas se refletem concretamente em muitas situações da vida de cada um de nós. Elas cumprem o ritual para desencargo de consciência; estas pessoas têm fé de 1ª.  Eucaristia, não cresceram na fé. Elas dizem: eu cumpro os dez mandamentos, os dogmas e procuram ser honestas. O Cristianismo, é para elas um desencargo de consciência. Mas estas pessoas não têm nada de cristão se não deixam seu coração ser transformado pela Palavra de Deus, pela ação do Espírito Santo, o amor de Jesus. Os pagãos também fazem o bem, e o fazem muito bem. A maioria das pessoas têm religiosidade natural - têm o temor, medo de Deus. O homem profano vive fora de Deus; só procura Deus quando há alguma necessidade, quando fica doente ou perde o emprego, então faz comércio com Deus. E o verdadeiro cristão é  aquele que ouvindo a Palavra de Deus se abre à conversão, experimenta a gratuidade do amor e do perdão de Deus e tem sua vida cotidiana transformada pelo amor de Deus. A conversão é uma graça de Deus; é necessário abrir o coração, para que se receba a Graça do Perdão". 
 "O Cristianismo sempre esteve aberto ao mundo- às interrogações, às suas inquietudes, às sua expectativas. A Igreja é o corpo de Cristo: corpo vivo e que dá vida a todas as coisas. Nele, temos a gratuidade, a generosidade. A fé é Jesus ressuscitado no seu dia a dia; é aquilo que esperamos, e o que esperamos é a vida eterna. Nossa alma tem sede de Deus e, a fé é uma caminhada para Deus.A Igreja nos convida a sentir o Cristo, aquele que venceu a morte no irmão, no seu sofrimento". ( João Paulo II)

Reflexão : "Esse mundo com suas riquezas e carências, tem necessidade de ser levado à salvação, de ser redimidoJesus é o Senhor! Somente nele há salvação: hoje, como ontem e sempre. (João Paulo II)

   Fonte :- As Escrituras Sagradas, a Bíblia
              -Cruzando o Limiar da Esperança por Sua santidade o Papa de Vittorio Messori - ed.  Francisco Alves, 1994 - 1a. edição.
              -VTB - Vocabulário de Teologia Bíblica, ed. Vozes.
              -Imagem: "Jesus chorando" 1.jpg - de alcir blogspot.com