sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

"Bem aventurados os pobres de espírito, porque é deles o Reino do Céus".

                  Os que doam suas vidas ao serviço e amor aos pobres...
                      esses, são os herdeiros privilegiados do Reino de Deus.

Jesus nunca compactuou com a miséria. Todavia, se quisermos ser felizes, é necessário que tenhamos espírito de pobreza.

O que é ter espírito de pobreza? "É ter uma alma pobre; simples, um desapego interior com respeito aos bens temporais; uma disposição interior, uma atitude da alma que nos revela as riquezas espirituais, estes são os herdeiros privilegiados do Reino de Deus. Eles têm a consciência de sua miséria espiritual, a humildade, e a sua necessidade do socorro de Deus. A pobreza do coração é a pureza e a simplicidade com a qual acolhemos tudo que a vida nos dá".

Qual é a diferença entre rico e pobre, no sentido evangélico? "O rico crê que tudo pode ser comprado, até mesmo o amor. O rico é alguém a quem tudo é devido ---- e o pobre no sentido evangélico, é alguém a quem tudo é doação, um presente de Deus. Jesus pede aos seus o desapego interior com respeito aos bens materiais (quer possua ou não) a fim de se serem capazes de desejar as verdadeiras riquezas (cf, Mt 6,24 .33;  13,22). Na prosperidade econômica é grande o perigo de fazer-se ilusões sobre a própria indigência espiritual" (Ap 3,17).

"Em certos momentos da nossa vida, nos conduzimos como ricos. Cremos que a amizade nos é devida, que o tempo bom nos é devido. E nos tornamos muitos exigentes e muito difíceis de conviver com aqueles que nos rodeiam, porque sempre queremos mais. Jesus tem razão quando diz que são infelizes os que tem espírito de riqueza, os que exigem sem cessar que o mundo corresponda a seus desejos. Mas, felizes são aqueles que sabem acolher todas as coisas como um dom, como um presente".

"No tempo de Jesus, os ricos não eram somente aqueles que possuíam riquezas materiais, mas eram também os chamados fariseus que diziam possuir a verdade, que possuíam o conhecimento, que diziam ser justos, que se tomavam por modelo da humanidade. Os que pretendiam ter não somente as coisas materiais, mas também as riquezas intelectuais e espirituais".

"Deus não é um bem que se pode possuir, como a verdade não é um ter que se pode possuir. Infelizes são aqueles que se fazem proprietários da verdade, e felizes aqueles que não se tornam proprietários dela, diz o Evangelho".

 
"de alma simples, disposição interior e de total desapego"

"Assim os pobres "voluntários," na humildade paciente, assim aqueles aos quais a pobreza tocou com resultado das circunstâncias, ou perseguição, também eles são bem aventurados no Reino de Deus, pelo menos permanecem generosos em sua indigência (cf. Mt 12,41-44) e se aceitam de boa mente a própria sorte "em vista duma riqueza melhor e estável" (He 10,34). Desde agora, apesar de sua pobreza material, eles são de fato ricos por sua fidelidade na provação (Ap 2,9ss). O evangelista Lucas pôs em evidência as maravilhosas compensações na vida futura". (Lc 6,20ss).

 "Mas nem por isso a miséria humana deixa de ser uma condição inumana, e o Evangelho tem as mesmas exigências de justiça social que os profetas (cf. Mt 23,23; Tg 5,4). Os ricos tem neste mundo deveres imperiosos para com os pobres e serão associados à sua felicidade eterna sob a condição de os acolher, a exemplo de Deus (Lc 14,13.21). O serviço aos pobres é agora uma expressão de nosso amor a Jesus: é na verdade a ele que neles recorremos, na expectativa de seu retorno glorioso" (Mt 25,34-46). 'Se alguém...vê seu irmão na necessidade e lhe fecha as entranhas, como permaneceria nele o amor de Deus?"(1J 3,17).

 Reflexão:  Somos convidados a ter uma disposição interior, uma simplicidade de alma; à renunciar 'o apego' aos bens temporais, sendo generosos com a devida atenção aos pobres; ter a consciência que temos nossa miséria espiritual no plano religioso e da nossa necessidade do socorro de Deus.

Fonte: -A Escritura, a Bíblia
           -Vocabulário de Teologia Bíblica - 5a. ed. - Ed. Vozes
           - Livro das Bem Aventurança e do Pai Nosso - de Jean -Yves Leloup - 2a. ed. / 2.004 - Ed. Vozes
           - imagens:  Madre Tereza de Calcutá
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