segunda-feira, 30 de abril de 2012

Êxodo - A travessia do homem à uma vida nova

                                  LIBERTAÇÃO DA ESCRAVIDÃO DO PECADO
"Se ouvirdes minha voz e guardardes a minha aliança, sereis para mim uma propriedade peculiar entre todos os povos"
  
CAMINHANDO ATRAVÉS DAS ESCRITURAS:
  "Da  descendência de Isaac nasceram: Isaú e Jacó. A luta dos filhos gêmeos, no seio materno é presságio da hostilidade de dois povos irmãos, os edomitas descendentes de Isaú, e os israelitas descendentes de Jacó. Este intercepta a bênção de Isaac, seu pai, e fica com a bênção de Isaú, seu irmão. Jacó permaneceu na terra de seu pai, Canaã e Isaú em Edom. O povo descendente de Isaú, os edomitas foram subjugados por Davi  e posteriormente libertados, sob Jorão de Judá. José, filho de Jacó foi vendido pelo irmão aos ismaelistas que estavam a caminho do Egito, onde Deus age na  história de José e sua família com a interpretação dos sonhos do Faraó por José."(Livro de Gênesis)

    ISRAEL, O POVO ELEITO NO EGITO:
     ÊXODO - SAÍDA, SUA LIBERTAÇÃO DA ESCRAVIDÃO   "A saída do Egito  foi um acontecimento básico que marcou as origens do povo eleito, Israel.  Ainda outras provações iriam se abater sobre o povo eleito, e estes em suas tribulações, não cessará de chamar o socorro de Deus. O Senhor é que livrará Israel de todas as suas culpas.  A libertação de Israel era apenas uma prefiguração da redenção cristã. Assim, Cristo quem instaura o regime da perfeita e definitiva liberdade para todos aqueles que judeus e pagãos, a ele aderem na fé e na caridade". (VTB, p. 526/527)       
   A descendência de Jacó - eram ao todo setenta pessoas quando foram para o Egito. José já estava no Egito. Os israelitas foram fecundos e se multiplicaram, tornando cada vez mais numerosos e poderosos, a tal ponto que ficou repleto deles.
   Opressão aos israelitas - "Os egípcios impuseram a Israel dura vida com trabalhos que lhe exigiam; preparação de argila na fabricação de tijolos, construções de cidades, armazéns de Pitom e Ramsés, vários trabalhos no campo, toda espécie de trabalhos, tornando-lhes amarga a vida. Mas quanto mais os oprimiam tanto mais se multiplicavam e cresciam, o que faziam os egípcios temerem os israelitas. A opressão continua com as medidas de aniquilamento dos meninos ao nascerem, deixando viver somente meninas. Mas as parteiras temendo a Deus, desobedeceram  o rei do Egito e deixaram os meninos viverem. Por isso Deus favoreceu estas parteiras; e o povo tornou-se muito numeroso e muito poderoso. E porque as parteiras temeram a Deus, ele lhes deu uma posteridade.
   O Faraó, então, ordenou que jogasse todo menino hebreu que nascessem no Rio, deixando viver somente as meninas. A filha do Faraó vê a criança chorando no rio; compadecida, salva-a e o adota, e lhe dá o nome de Moisés, dizendo: "Eu o tirei  das águas". Permaneceu no palácio do Faraó até a vida adulta. Visitou seus irmãos hebreus e viu as tarefas que pesavam sobre eles.
     Os israelitas gemendo sob o peso da servidão gritaram e seu clamor subiu até Deus. E Deus lembrou da aliança com Abraão, Isaac e Jacó. Deus viu os israelitas e se fez conhecer. Em Madiã, Moisés apascentava as ovelhas para além do deserto e chegou a Horeb, a montanha de Deus, quando viu uma salsa ardendo em fogo que não se consumia. Ele não pode aproximar, percebe a presença e Deus, cujo nome só foi revelado a Moisés que lhe concedeu o poder dos sinais para que acreditem que eu sou o Deus do seus pais, o Deus de Abraão, de Isaac e Jacó.  Os Sinais e prodígios de Deus são usados através de Moisés para convencer o Faraó de coração endurecido, a libertar o povo de Israel.
    Quando se trata de Deus, a visita implica direito absoluto de inspeção, de julgamento e de sanção. Iahweh disse a Moisés e Aarão: "Fazei sair os israelitas do país do Egito, segundo os seus exércitos". Falarás tudo que eu ordenar e, endurecerei o coração do Faraó e multiplicarei no país do Egito, os meus sinais e meus prodígios. Iahweh endureceu o coração do Faraó, e ele não deixou os israelitas partirem de sua terra até que sobreveio a morte dos primogênitos. (Ex.de. 4 a 12 ).
    A Páscoa- Iahweh disse a Moisés e Aarão falai à comunidade de Israel e dizei: cada um tomará um cordeiro por família assará e comerá a carne assada, os pães ázimos de massa não levada e ervas amargas; com os rins cingidos, sandálias nos pés e vara na mão. Come-lo-eis às pressas: é uma páscoa a Iahweh.e naquela noite eu passarei pela terra do Egito e ferirei os primogênitos, desde os homens até os animais e  eu, Iahweh farei justiça sobre os deuses do Egito. O sangue será para vós um sinal nas casas em que estiverdes e, não haverá entre vós o flagelo destruidor. Este dia será para vós um memorial, e o celebrareis como uma festa para Iahweh, nas vossas gerações a festejareis; é um decreto perpétuo. Observeis a festa dos Ázimos porque nesse dia fiz o vosso exército sair da terra do Egito, casa da escravidão, pois com mão forte vos tirou de lá.Observará está lei no tempo determinado, de ano em ano.
    A caminhada no deserto: "Iahweh ia adiante deles; de dia uma coluna de nuvem para lhes mostrar o caminho e de noite uma coluna de fogo para os alumiar, a fim de que pudessem caminhar de dia e de noite. Nunca se retirou as colunas que os guiavam. Iahweh endureceu o coração do Faraó e este e seu exército foram atrás do povo israelita e ele teve grande medo. Moisés disse ao povo:" Não temais, permaneceis firmes e verei o que Iahweh fará hoje para vos salvar; Iahweh combaterá por vós e vós ficareis tranquilos".
  Chegando junto ao mar, Moisés levantou a sua vara sobre o mar que se fende, formando duas muralhas de água entre as quais os israelitas passaram a pé enxuto. Quando os egípcios vão atrás deles, as águas se fecham e os engolem.  Moisés e os israelitas entoaram canto de glória a Iahweh, pela vitória e salvação. O povo israelita caminhou no deserto, durante  três dias sem beber água porque a água de Mara era amarga, murmurando contra Moisés que clamou por Iahweh e este a transformou em água doce.  Tiveram como alimento, o maná e codornizes. Eles murmuravam contra as disposições do Senhor: não há água, segurança, não há carne, preferiam a servidão no Egito. Partiram para deserto de Sinai, ali o povo teve sede, murmurou contra Moisés que clamou a Iahweh  e este ordenou-o que ferisse a rocha com a vara e tiveram a água; este lugar recebeu o nome de Massa e Meriba, (em Horeb), colocando mais uma vez Deus a prova.  Moisés pediu perdão a  Deus pela falta daquele povo pelas murmurações. Deus o perdoou, mas eles não puderam entrar na terra prometida, por ter colocado o Senhor à prova e desobedecido sua voz.
   A aliança no Sinai - Chegando no deserto do Sinai, Deus entrega os estatutos e as leis, fazendo conhecer o caminho a seguir e as obras que deviam fazer. Diz Iahweh:"Se ouvirdes a minha voz guardardes a minha aliança, sereis para mim uma propriedade peculiar entre todos os povos. Moisés desceu a montanha e foi encontrar com seu povo que o adverte a não ultrapassar os limites para ir ver Iahweh, para muitos deles não perecerem. Moisés, escolhe do meio do povo homens tementes a  Deus, seguros, incorruptos e estabelece-os como chefes que julgarão o povo em todo o tempo nas causas  pequenas,  e  Moisés fica com as causas maiores.
    Entrega do Decálogo - Moisés subiu à montanha sagrada e aproximou da nuvem escura onde estava Deus e recebeu o Decálogo. Disse Deus: "Eu sou Iahweh teu Deus que te fez sair da terra do Egito, da casa da escravidão". Iahweh disse: "Não fareis deuses de prata ao lado de mim, nem fareis deuses de ouro para vós. E entregou os mandamentos a serem observados pelo povo. Far-me-ás um altar de terra e sobre ele sacrificarás os teus holocaustos e teus sacrifícios de comunhão. Em todo lugar onde eu fizer celebrar a memória de meu nome, virei a ti e te abençoarei.
   Moisés e os juízes tentam deter as faltas que podiam existir na administração da justiça. A formulação proibitiva tornam essa lista semelhante a do decálogo, com leis morais e religiosas para que o povo cumprindo agradassem a Iahveh, vosso Deus. (Êxodo.cap.20- 50)
    A libertação do cristão - "resulta de um acontecimento histórico, a morte vitoriosa de Jesus e dum contacto pessoal, a adesão a Cristo no batismo. Associando-nos ao mistério da morte e da ressurreição de Cristo, o batismo pôs fim à nossa servidão. Liberto, o cristão está tomado duma confiança audaz, duma orgulhosa altivez, um comportamento de filho diante de Deus, pois é "um espírito de filho adotivo" e não "um espírito de escravo ( Rm8,14-17)"-  (  VTB, p. 528/529)

  REFLEXÃO: "No deserto, Deus fez o povo passar fome para prová-lo e conhecer o fundo do seu coração. Israel tinha que aprender que em sua existência dependia totalmente de Deus e que não é só de pão que vive o homem, mas da Palavra, que sai da boca de Deus"( VTB).
 A escravidão do povo no Egito pode ser comparada ao mundo atual, a escravidão do homem pelo pecado.O homem deixou o pecado se instalar em si, e vê a carne se tornar seu entendimento. Endureceu seu coração, tiraniza seu corpo e produz obras más.
-Escravidão- paixões da carne, o pecado, o sofrimento, perda da verdadeira identidade, dos valores essenciais. O que escraviza o homem: individualismo, materialismo, os prazeres da carne, seus os ídolos, seus deuses (o dinheiro, a fama, o prestígio...).
- mar - simbolismo religioso, representa morte, a morte do ser, o sofrimento.
- deserto- pode representar o afastamento de  Deus, o sofrimento, tribulações. Mas Deus leva o homem ao deserto para falar-lhe ao coração, um apelo à conversão.
- êxodo-  saída da escravidão do pecado, da morte do ser, para verdadeira liberdade, para à vida nova - - travessia do mar a pé enxuto - é manifestado o poder de Deus: Deus à nossa frente
Nós fazemos parte desse povo eleito e podemos experimentar esse poder da ação Deus no nossa história de vida, a transformação do coração para uma vida em Deus.
Convite de um Deus de amor- o seu resgate para a verdeira liberdade, uma vida nova. Um ato de fé pode arrancar o pecador da dominação da carne, mas enquanto isto não acontece ele fica em estado de alienação. Reencontrando sua identidade em Cristo, o homem pode dominar as paixões da carne, a falsa liberdade, a morte do ser. O perdão destranca as prisões do orgulho, do ódio, da vingança, do egoísmo, do individualismo e faz um homem novo.
           Fonte: Escrituras- Livro de Gênesis.
                          - Livro do Êxodo
                          -VTB- Vocabulário de Teologia Bíblica, Editora Vozes.
                          -Imagem do Êxodo:Imagens Bíblicas - crossingtheredsea.png imagensbíblicas. wordpress.com

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Deus e o Homem, o plano de salvação

 A história da salvação  se desenvolve dentro da história terrena da humanidade
                                   
Com a transgressão, o homem se afasta de Deus, fica escravo do pecado e se aliena. Mas, Deus faz uma história de salvação, através de Abraão. 

   A história de salvação se resume na fundamental constatação de uma grandiosa intervenção de Deus na história do homem e no sentido de sua existência. 
    Deus disse a Abraão: 
   " Sai da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai, vai para a terra que te mostrarei . Eu farei de ti um grande povo, eu te abençoarei, engrandecerei teu nome; sê uma bênção! ". Gn.12,1-2
   Abraão era um arameu, nômade, politeísta, vivia em Ur, na Caldeia, numa civilização adiantada. O povo tinha muitos deuses; ele não conhecia Deus até os 75 anos. Deus vem ao seu encontro e faz  promessas e as alianças divinas com ele, uma história de  salvação com ele e toda sua descendência.
  Deus diz a Abraão: "abandona tuas seguranças, a tua família, vem que eu vou te dar um filho e uma terra". Ter um filho e uma terra era tudo que queria Abraão. Sua esposa era estéril e de idade avançada. Ele não tinha terra, era um nômade.
  Abraão se põe a caminho somente com essa promessa, com essas palavras, abandona suas seguranças e vai para a terra Canaã, a terra que será sua e de sua descendência, disse Deus.
   A fé de Abraão é a confiança, numa promessa humanamente irrealizável. Deus lhe reconhece o mérito deste ato, põe na conta de sua justiça, sendo "justo" o homem cuja retidão e submissão o tornam agradável a Deus.
  A existência e o futuro do povo eleito dependem desse absoluto ato de fé. Não se trata de sua descendência carnal, mas de todos aqueles que na mesma fé tornarão filhos de Abraão. A herança vem pela fé, para que seja gratuita e para que a promessa fique garantida a toda descendência, não só a descendência segundo a Lei mas também à descendência segundo a fé de Abraão. Ele, esperando contra toda esperança, creu  e tornou-se assim  o pai de todos nós, conforme está escrito: Eu te constituirei pai de uma multidão de nações. Heb.11,8-9
   Foi pela fé , respondendo ao chamado, obedeceu e partiu para uma terra que devia receber como herança, e partiu sem saber para onde ia. Foi pela fé que residiu como estrangeiro, morando em tendas com Isaac e Jacó, os co-herdeiros da mesma promessa. Pois esperava a cidade que tem fundamentos, cujo arquiteto é o próprio Deus. Foi pela fé que também Saara, apesar da idade avançada, se tornou capaz de ter descendência, porque considerou fiel ao autor da promessa. E por isso também, que de um só homem já marcado pela morte, nasceu a multidão comparável a dos astros do céu e inumeráveis como como a areia da praia.  Heb.11, 8-12.
   Deus disse: "Ergue os olhos e olha, do lugar em que estás, para o norte e para o sul, para o Oriente e para o Ocidente. Toda a terra que vês, eu a darei a ti e a tua posteridade para sempre. Levanta-te! Percorre essa terra no seu comprimento e sua largura porque eu a darei a ti. Com suas tendas, Abraão foi estabelecer- se no Carvalho de Mambré, que está em Hebron, e lá construiu um altar a Iahweh."
   Houve uma grande fome na terra e Abraão desceu ao Egito, para aí ficar, pois a fome assolava a terra. Quando Abraão chegou ao Egito os egípcios viram que sua mulher era muito bela; os oficiais a levaram para o palácio do Faraó. Mas, Iahweh feriu Faraó com grandes pragas, e também sua casa por causa de Saara, a mulher de Abraão. Faraó soube que era a mulher de Abraão, disse a ele: toma-a e vai-te! e entregou tudo que ele possuía
   Deus viu que o pecado de Sodoma e Gomorra,  é muito grave, por isso será destruída, preservando Abraão e sua família, conforme sua promessa. Ele diz a Abraão que ordene seus filhos e  a sua casa que deixem a cidade; eles obedeceram e a deixaram. E as cidades da Planície foram destruídas, como a fumaça de uma fornalha ardente.
   Depois desses acontecimentos, a palavra de Iahweh foi dirigida, numa visão: " Não temas, Abraão! Eu sou teu escudo, tua recompensa será muito grande."  E Deus estava com Abraão em tudo que fazia; ele caminhava na presença do Senhor.
    E foi sem vacilar na fé, que considerou seu corpo já morto, ele tinha cerca de cem anos e o seio de Saara também morto. Ante a promessa de Deus, ele não deixou se abalar pela desconfiança, mas se fortaleceu na fé, dando glória a Deus, convencido do que podia cumprir o que prometeu. Eis porque isto lhe foi levado em conta de justiça.  Não foi escrito somente para ele, foi-lhe levado em conta mas também para nós. Para nós que cremos naquele que ressuscitou dos mortos, Jesus Cristo, que foi entregue pelas nossas faltas e ressuscitado para a nossa justificação.
   O primeiro ato de fé de Abraão, que se encontrará de novo por ocasião da renovação da promessa e que Deus submeterá a prova, pedindo Isaac fruto dessa promessa, seu único filho. E Abraão sem questionar entregou seu único filho e, acreditou que Deus iria prover o cordeiro para ser imolado. Deus viu a fidelidade de Abraão, providenciou o cordeiro e disse: Porque não me recusaste teu único filho, eu te cumularei de bênçãos tu e tua posteridade." 
  Vós todos sois filhos de Deus pela fé em Cristo Jesus, pois todos vós que fostes batizados em Cristo, vos vestistes de Cristo. Não há judeu nem grego, não há escravo nem livre, não há homem nem mulher; pois todos vós sois um só em Cristo Jesus. E se vós sois de Cristo, então sois da descendência de Abraão, herdeiros segundo a promessa.
  Ismael, filho da razão- Iahweh o abençoou, tornou-o fecundo, fez crescer extremamente, gerando doze príncipes e dele fez uma grande nação.
   Isaac, filho da promessa - foi com Isaac que Iahweh estabeleceu sua aliança, renova a promessa por causa do pai. A bênção de todos os homens e a aliança ele se fez repousar sobre a cabeça de Jacó. Confirmou-o com suas bênçãos e lhe deu o país em herança; dividiu-o em partes e o distribuiu às doze tribos.
  Abraão, ilustre pai de multidão de nações, ninguém foi como ele reconhecido em glória. Observou a lei do Altíssimo e encontrou em aliança como ele. Estabeleceu essa aliança na carne e foi reconhecido fiel na prova. E Isaac é a prefiguração de Jesus, o cordeiro imolado.
  O projeto de Deus só se realiza em Jesus Cristo, porque Jesus é a imagem de Deus.

 REFLEXÃO: 
    Nossa fé deve ser baseada em pessoas concretas, tais como Abraão, Isaac, Moisés que escreveram a história de salvação. A fé de Abraão guia sua conduta, é princípio de ação. Sua determinação, sua fidelidade,  retidão,  o tornou agradável aos olhos de Deus.
     Nós não acreditamos nas promessas de Deus, temos necessidade de resultados imediatos, por isso buscamos o mundo e suas promessas. Resistimos andar nos caminhos de Deus, porque somos rebeldes, desobedientes e incrédulos. É preciso deixar gestar a fé dentro de nós; a fé que vem pela escuta. A fé é gestada através da Igreja: a escuta da Palavra de Deus.
   Deus semeia no coração do homem a esperança e envia teu filho Jesus Cristo para  libertá-lo da escravidão do pecado. Precisamos conhecer Jesus Cristo e seremos seus seguidores.
   No profundo do nosso ser, lá está Deus. Deus nos fala através de nossa consciência, no silêncio interior... no encontro conosco mesmo.
 " Conhece a ti, porque és a minha imagem, assim hás de conhecer a mim, de quem és a imagem. Em ti me encontrarás." O homem em pecado é a imagem desfigurada de Deus.

Fonte: As Escrituras :- Livro de Gênesis -
                                 -Livro do   Êxodo
                                 - Da Carta aos Apóstolos aos Hebreus, aos Romanos e aos Gálatas.
                    -imagem: para representar a história da Salvação: luz1.jpg smallstationsinlife .wordpress.com   
                                                                                                                                                                                                               

segunda-feira, 23 de abril de 2012

A corrupção da humanidade.

Caminhando através das Escrituras: Deus e o Homem, um processo de salvação
                                         As consequências da transgressão.

    Com o pecado o homem experimenta a morte do ser, de não ser amado. O homem se separa de Deus. É a própria história de Caim.
  "A condenação divina atinge os culpados, e a vida do homem é profundamente afetada por isso. O homem deve afadigar para extrair sua subsistência de um solo hostil que está longe de assemelhar-se ao Jardim de Éden. Estas situações penosas são a sorte do ser humano, mas para que seja claramente deduzido o ensinamento de uma falta hereditária, será preciso que são Paulo ponha em paralelo a solidariedade de todos em Cristo salvador e em Adão, o pecador. 
O afastamento do Paraíso traduz em termos de espaço, o afastamento de Deus, no jardim em que o homem tinha sido colocado, o próprio Deus vinha tomar a brisa da tarde" (Gênesis).
    "Nossos ancestrais quiseram ser como Deus...talvez aí se prefigurasse nossa dificuldade em aceitar a condição humana! Vivemos querendo provar da árvore da ciência do bem e do mal, para sermos juízes e senhores absolutos... ou andamos construindo torres de Babel para chegar até o céu, afirmando nossa onipotência... ou sentimos como Caim, juízes de nossos irmãos...(Cunha, Domingos ) 
   "É difícil aceitar nossa condição de criatura! Talvez tenhamos sido cobrados para ser deuses... e talvez até em nome de Deus tenham cobrado de nós, essa perfeição que só a Deus pertence. Assim pensavam também os fariseus... e essa hipocrisia opressora, Jesus sempre procurou desmascarar. 
   "Sofremos quando não conseguimos ser onipotentes...quando não conseguimos resolver todos os problemas, nossos e dos outros".(Domingos, Cunha )
   O homem pecador se constituiu juiz do bem e do mal, o que é privilégio de Deus.(Gn, 4)
Caim e Abel estão na origem de dois modos de vida , o agricultor sedentário e o pastor nômade; de outro lado, esses dois irmãos personificam a luta do Homem contra o Homem. Ao lado da revolta do homem contra Deus, há também a violência" irmão" contra seu "irmão". O duplo mandamento do amor ( Mt. 22, 40) mostrará as exigências fundamentais com a vontade de Deus. 
  Deus viu que a maldade do homem  era grande  sobre a terra, e que era continuamente mau todo desígnio de seu coração. Deus arrependeu-se de ter feito o homem sobre a terra, e afligiu-se  o seu coração. E disse Deus: " Farei desaparecer da superfície do solo que criei - os homens, os animais, os répteis e as aves do céu - porque me arrependo de os ter feito, ( a exigência de sua santidade que não o suporta o pecado (1Sm 15,29). E mais frequentemente, o "arrependimento" de Deus significa o aplacamento de sua cólera e a retirada de sua ameaça -  (ver Ex. 32,11-14 e Jr.26,3+).
   A terra se  perverteu diante de Deus e encheu-se de violência. Deus viu que  a terra estava pervertida,  porque toda a carne tinha uma conduta perversa sobre a terra. Deus enviou o dilúvio que inundou a terra durante 40 dias. Fez desaparecer tudo que havia sobre a terra, cheia de violência por causa dos homens... preservando Noé, sua mulher, filhos, seus descendentes e cada casal da espécie de animais, para conservar a vida. ( Livro de Gênesis).
   Noé era um homem justo, íntegro encontrou graça aos olhos de Deus e este estabelece uma aliança de salvação com Noé e seus descendentes. Noé fez a arca e tudo que Deus lhe ordenara. A salvação concedida a Noé figura a salvação pelas águas do batismo (1Pd. 3,20-21).
   "Deus abençoou Noé, sua mulher e seus filhos e lhes disse: "sede fecundos multiplicai-vos e enchei a terra e dominai-a. Estabeleço minha aliança convosco e com os vossos descendentes e depois de vós e com todos os seres animados que estão convosco.Tudo que se move e possui vida vos servirá de alimento, tudo isso eu vos dou, como vos dei a planta das verduras.. Pedirei contas porém, do sangue de cada um de vós. Pedirei contas a todos os animais e ao homem, aos homens entre si, eu pedirei contas da alma do homem".( Gn, 9)
      Quem derrama o sangue do homem,
      pelo homem terá seu sangue derramado.
      pois à imagem de Deus,
      o homem foi feito. 
    Após o dilúvio, o homem foi de novo abençoado e consagrado rei da criação, como nas origens, mas não é mais um reinado pacífico. Deus sabe que o coração do homem permanece mau, mas ele salva sua criação e, apesar do homem, a conduzirá para onde quiser. A nova época conhecerá a luta dos animais com o homem e dos homens entre si. A paz paradisíaca só florescerá no final dos tempos".  (Gn, 6- 7)
  Todo mundo se servia de uma mesma língua e das mesmas palavras. Os homens que emigraram para o Oriente se estabeleceram no vale, na terra de Senaar. E aí decidiram construir uma cidade e uma torre cujo ápice penetre os céus e, não sejamos dispersos sobre toda a terra. Mas Iahweh (Deus) os confundiu, na sua linguagem para que não entendessem uns aos outros e os dispersou por toda face da terra. Deu-se a esse episódio o nome de torre de Babel.(Gn, 11)
    REFLEXÃO:
Todo o homem nasce com a raiz do pecado, a semente do mal; exceto Jesus Cristo,o filho de Deus. Por um ato consciente (a desobediência), deliberadamente nos opomos a Deus, violamos seus preceitos e queremos ser como deuses; pretendemos ser os únicos senhores de nossos destinos; recusamos a depender daquele que nos criou, pervertendo a relação que nos unia a Deus, com a prática de obras más. Construímos os deuses de nossa vida: o poder, o ter, o ser, o individualismo - o materialismo - a   cobiça, a idolatria:  o sucesso - a vaidade - o prestígio - a fama.
O dinheiro- é o senhor daqueles que o colocam em primeiro lugar nas suas vidas e dão a vida por ele.
"Quem pretende se construir a si próprio, independente de Deus, falo-á  às custa de outrem, principalmente dos pequenos e dos fracos."O homem que não pôs em Deus sua força rumina o crime,  o mal dia todo... enquanto que o justo confia no amor de Deus sempre e para sempre".Com o pecado, o homem perde a vida em Deus."( VTB, p. 738)

Fonte:- As Escrituras: Livro de Gênesis, do Profeta Isaías e Jeremias
                                  Da Carta de Paulo aos Apóstolos
          - VTB- Vocabulário de Teologia Bíblica, Ed. Vozes 5a. edição-2005
          -Livro: Crescendo com Eneagrama na Espiritualidade - de Domingos Cunha, CSH -Ed. Paulus /2
       -Imagens para representar a corrupção da humanidade: imagem guerra-fria 37jpg - portal são francisco.com.br - Guerra do Vietname
                                                                                     

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Deus e a sua criação

                                            Deus e o grande amor pelo homem
                             Deus plantou para o homem um jardim em Éden (Gn 2,8ss)

Deus revela seu grande amor pela sua criatura, o homem.
Ele o fez à sua imagem e semelhança e entrega a ele toda sua criação . 
Deus o abençoa  e caminha com ele na sua história...

   Deus criou o mundo: a terra, a luz, a noite, os mares e todas as criaturas viventes e viu que tudo isto era bom. Deus criou o homem à sua imagem; o homem e a mulher ele os criou. Deus os abençoou e lhes disse:
 "Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e submetei-a, dominai sobre os peixes do mar, as aves do céu e todos os animais que rastejam sobre a terra ".  E viu que tudo o que tinha feito e era muito bom. Deus abençoou o sétimo dia e o santificou, pois nele descansou depois de toda obra de sua criação.

   Deus plantou para o homem um jardim em Éden (Gn 2,8ss). Sua vida nesse jardim implica o trabalho (Gn 2,15), embora este se revista dum caráter de felicidade ideal que recorda em mais de um pormenor as clássicas descrições da idade do ouro: familiaridade com Deus, livre uso dos frutos do jardim, domínio sobre os animais, harmoniosa união do primeiro casal (Gn 2,18ss), inocência moral que desconhece qualquer sentimento de vergonha (2,25), ausência de morte, que entrará no mundo depois do pecado.

 O Senhor Deus passeava no Jardim de Éden. Eles desfrutavam da amizade de Deus e, tinham os frutos da terra em abundância (Gn 3).

O atentado à soberania de Deus, o pecado do orgulho. Esta revolta exprimiu se concretamente pela transgressão de um preceito estabelecido por Deus e representado sob a imagem do fruto proibido. Sobre a árvore do conhecimento do bem e do mal. Este conhecimento é um privilégio que Deus se reserva e que o homem usurpará pelo pecado. A serpente serve aqui de máscara para um ser hostil a Deus e inimigo do homem, o Adversário, o Diabo( cf. Jó 1,6+). Na consciência da sua nudez há uma manifestação da desordem que o pecado introduz na harmonia da criação.O homem pecador se constituiu juiz do bem e do mal, o que é privilégio de Deus.

  A vida do homem e da mulher é profundamente afetada; sofrem as consequências de sua transgressão... Os pecados do povo de Deus fizeram de sua morada aqui na terra um lugar de desolação (Jr 4,23). As misérias de sua condição atual que traz consigo as experiências opostas: essa condição, fruto do pecado do homem está ligada ao paraíso perdido.

Fonte: Escrituras Sagradas - Livro de Gênesis.
           VTB, Vocabulário de Teologia Bíblica -Ed. Vozes
          Imagem para representar Deus e a Criação: imagem natureza 1116 pintura-jpg - emotion.com.br