O remédio para esse grande mal é a humildade
Jesus Cristo, é o médico que cura.Aprofundando a reflexão sobre a natureza desse grande mal:
O orgulho - "é uma enfermidade universal. É uma realidade intrínseca, inerente à nossa pessoa, como que a nossa epiderme, como se formasse parte da natureza humana. Seu lema: "eu sou superior a você". Vive competindo, criticando...; causa divisão e conflitos.(Tomás Forrest)
O orgulhoso atreve-se competir até com Deus. É incapaz de ajoelhar-se diante d'Ele, uma vez que não pode reconhecer outro ser superior mais sábio, poderoso e perfeito que ele. Não reza, não sabe louvar e muito menos adora a Deus, porque isto implica olhar para o alto. São Tomás de Aquino afirmava que o maior obstáculo em nossa relação com Deus é o orgulho. Deus resiste aos soberbos, mas dá sua graça aos humildes (Prov 3,34).
No campo do trabalho, o orgulho se manifesta em individualismo e ativismo. "Aflora o orgulho quando há luta entre líderes, rivalidade entre grupos e comparações entre si. O orgulho refinado busca suas qualidades não para servir aos outros, mas para aproveitar-se da autoridade com o fim de impor e dominar.O orgulhoso não sabe receber dos outros porque não admite precisar. Julga-se indispensável e insubstituível. É auto suficiente. A sua auto suficiência é sua maior limitação, uma vez que não recorre a ninguém fora de si mesmo. O orgulho é uma mentira porque nos apresenta como capazes e fortes; e leva-nos a cair na armadilha pensando que por nossos merecimentos possuímos algo, que na realidade nos foi dado gratuitamente por Deus, para proveito dos outros.
O orgulho nos torna instrumentos para ferir os outros e ao mesmo tempo nos enfraquece tanto que que nos torna vulneráveis, pessoas que se sentem feridas pela menor contrariedade.
Há pecados que geram certa satisfação transitória, ou certa união aparente, mas o orgulho só produz divisão e conflitos. Não existe qualquer recompensa, ou compensação agradável ou benéfica no orgulho. Segundo o autor, é um dos pecados mais prejudiciais, porque por sua natureza causa divisão.
Se você ainda não reconheceu o próprio orgulho, o autor pergunta:
-"Como você se sente quando o criticam, justa ou injustamente?
-Qual a sua reação quando alguém procura mostrar a própria superioridade neste ou naquele setor?
- Que atitude você toma quando concedem a outro a promoção, ou nomeação que você esperava?
- Que pensa quando não nomeiam para determinado lugar?
- Que acontece quando felicitam ou falam bem de uma pessoa a que você despreza?
-Como responde quando o corrigem, ou lhe chamam a atenção?
-Que é que você faz quando não aceitam seus planos, ou não levam em conta as suas opiniões?
-Finalmente como você se comporta com quem o ignora, trata-o com indiferença, ou o fixa com frieza?
-Gosta de exibir sinais de poder ou influência?".
Custa-nos aceitar a verdade, porque somos muito orgulhosos. "O mais orgulhoso talvez seja aquele que nem sequer se reconhece com tal, mas que se desculpa e se justifica, lançando a culpa nos outros e não admitindo suas limitações".
"O médico é Jesus Cristo e o remédio é imitar seu estilo de vida, o exemplo de humildade. Se o orgulhoso quer concentrar em si toda glória e reconhecimento, o humilde sempre dá glória a Deus.
Reflexão - Diz o autor: "A consciência da debilidade do cristão não é para mergulhá-lo no desespero, e sim para que se revele o poder de Deus. Diz o Sl 147: "Deus não se compraz nos músculos do homem". Isto é, Deus não se gloria de nossas forças. Deus se alegra com nossa debilidade, porque então Ele revela sua força e seu poder. Quando somos menores, é quando somos maiores, porque então damos guarida ao poder de Deus em nós."Tudo posso n'Aquele que me fortalece" (Fil 4,13).
Fonte: Do livro: Jesus Cristo médico da minha Pessoa - Tomás Forrest,
José H. Prado Flores - Editora, Louva-a-Deus- 4a. ed. - 1991.
- imagem: eu-e-Jesus - jpg 1
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