segunda-feira, 30 de abril de 2012

Êxodo - A travessia do homem à uma vida nova

                                  LIBERTAÇÃO DA ESCRAVIDÃO DO PECADO
"Se ouvirdes minha voz e guardardes a minha aliança, sereis para mim uma propriedade peculiar entre todos os povos"
  
CAMINHANDO ATRAVÉS DAS ESCRITURAS:
  "Da  descendência de Isaac nasceram: Isaú e Jacó. A luta dos filhos gêmeos, no seio materno é presságio da hostilidade de dois povos irmãos, os edomitas descendentes de Isaú, e os israelitas descendentes de Jacó. Este intercepta a bênção de Isaac, seu pai, e fica com a bênção de Isaú, seu irmão. Jacó permaneceu na terra de seu pai, Canaã e Isaú em Edom. O povo descendente de Isaú, os edomitas foram subjugados por Davi  e posteriormente libertados, sob Jorão de Judá. José, filho de Jacó foi vendido pelo irmão aos ismaelistas que estavam a caminho do Egito, onde Deus age na  história de José e sua família com a interpretação dos sonhos do Faraó por José."(Livro de Gênesis)

    ISRAEL, O POVO ELEITO NO EGITO:
     ÊXODO - SAÍDA, SUA LIBERTAÇÃO DA ESCRAVIDÃO   "A saída do Egito  foi um acontecimento básico que marcou as origens do povo eleito, Israel.  Ainda outras provações iriam se abater sobre o povo eleito, e estes em suas tribulações, não cessará de chamar o socorro de Deus. O Senhor é que livrará Israel de todas as suas culpas.  A libertação de Israel era apenas uma prefiguração da redenção cristã. Assim, Cristo quem instaura o regime da perfeita e definitiva liberdade para todos aqueles que judeus e pagãos, a ele aderem na fé e na caridade". (VTB, p. 526/527)       
   A descendência de Jacó - eram ao todo setenta pessoas quando foram para o Egito. José já estava no Egito. Os israelitas foram fecundos e se multiplicaram, tornando cada vez mais numerosos e poderosos, a tal ponto que ficou repleto deles.
   Opressão aos israelitas - "Os egípcios impuseram a Israel dura vida com trabalhos que lhe exigiam; preparação de argila na fabricação de tijolos, construções de cidades, armazéns de Pitom e Ramsés, vários trabalhos no campo, toda espécie de trabalhos, tornando-lhes amarga a vida. Mas quanto mais os oprimiam tanto mais se multiplicavam e cresciam, o que faziam os egípcios temerem os israelitas. A opressão continua com as medidas de aniquilamento dos meninos ao nascerem, deixando viver somente meninas. Mas as parteiras temendo a Deus, desobedeceram  o rei do Egito e deixaram os meninos viverem. Por isso Deus favoreceu estas parteiras; e o povo tornou-se muito numeroso e muito poderoso. E porque as parteiras temeram a Deus, ele lhes deu uma posteridade.
   O Faraó, então, ordenou que jogasse todo menino hebreu que nascessem no Rio, deixando viver somente as meninas. A filha do Faraó vê a criança chorando no rio; compadecida, salva-a e o adota, e lhe dá o nome de Moisés, dizendo: "Eu o tirei  das águas". Permaneceu no palácio do Faraó até a vida adulta. Visitou seus irmãos hebreus e viu as tarefas que pesavam sobre eles.
     Os israelitas gemendo sob o peso da servidão gritaram e seu clamor subiu até Deus. E Deus lembrou da aliança com Abraão, Isaac e Jacó. Deus viu os israelitas e se fez conhecer. Em Madiã, Moisés apascentava as ovelhas para além do deserto e chegou a Horeb, a montanha de Deus, quando viu uma salsa ardendo em fogo que não se consumia. Ele não pode aproximar, percebe a presença e Deus, cujo nome só foi revelado a Moisés que lhe concedeu o poder dos sinais para que acreditem que eu sou o Deus do seus pais, o Deus de Abraão, de Isaac e Jacó.  Os Sinais e prodígios de Deus são usados através de Moisés para convencer o Faraó de coração endurecido, a libertar o povo de Israel.
    Quando se trata de Deus, a visita implica direito absoluto de inspeção, de julgamento e de sanção. Iahweh disse a Moisés e Aarão: "Fazei sair os israelitas do país do Egito, segundo os seus exércitos". Falarás tudo que eu ordenar e, endurecerei o coração do Faraó e multiplicarei no país do Egito, os meus sinais e meus prodígios. Iahweh endureceu o coração do Faraó, e ele não deixou os israelitas partirem de sua terra até que sobreveio a morte dos primogênitos. (Ex.de. 4 a 12 ).
    A Páscoa- Iahweh disse a Moisés e Aarão falai à comunidade de Israel e dizei: cada um tomará um cordeiro por família assará e comerá a carne assada, os pães ázimos de massa não levada e ervas amargas; com os rins cingidos, sandálias nos pés e vara na mão. Come-lo-eis às pressas: é uma páscoa a Iahweh.e naquela noite eu passarei pela terra do Egito e ferirei os primogênitos, desde os homens até os animais e  eu, Iahweh farei justiça sobre os deuses do Egito. O sangue será para vós um sinal nas casas em que estiverdes e, não haverá entre vós o flagelo destruidor. Este dia será para vós um memorial, e o celebrareis como uma festa para Iahweh, nas vossas gerações a festejareis; é um decreto perpétuo. Observeis a festa dos Ázimos porque nesse dia fiz o vosso exército sair da terra do Egito, casa da escravidão, pois com mão forte vos tirou de lá.Observará está lei no tempo determinado, de ano em ano.
    A caminhada no deserto: "Iahweh ia adiante deles; de dia uma coluna de nuvem para lhes mostrar o caminho e de noite uma coluna de fogo para os alumiar, a fim de que pudessem caminhar de dia e de noite. Nunca se retirou as colunas que os guiavam. Iahweh endureceu o coração do Faraó e este e seu exército foram atrás do povo israelita e ele teve grande medo. Moisés disse ao povo:" Não temais, permaneceis firmes e verei o que Iahweh fará hoje para vos salvar; Iahweh combaterá por vós e vós ficareis tranquilos".
  Chegando junto ao mar, Moisés levantou a sua vara sobre o mar que se fende, formando duas muralhas de água entre as quais os israelitas passaram a pé enxuto. Quando os egípcios vão atrás deles, as águas se fecham e os engolem.  Moisés e os israelitas entoaram canto de glória a Iahweh, pela vitória e salvação. O povo israelita caminhou no deserto, durante  três dias sem beber água porque a água de Mara era amarga, murmurando contra Moisés que clamou por Iahweh e este a transformou em água doce.  Tiveram como alimento, o maná e codornizes. Eles murmuravam contra as disposições do Senhor: não há água, segurança, não há carne, preferiam a servidão no Egito. Partiram para deserto de Sinai, ali o povo teve sede, murmurou contra Moisés que clamou a Iahweh  e este ordenou-o que ferisse a rocha com a vara e tiveram a água; este lugar recebeu o nome de Massa e Meriba, (em Horeb), colocando mais uma vez Deus a prova.  Moisés pediu perdão a  Deus pela falta daquele povo pelas murmurações. Deus o perdoou, mas eles não puderam entrar na terra prometida, por ter colocado o Senhor à prova e desobedecido sua voz.
   A aliança no Sinai - Chegando no deserto do Sinai, Deus entrega os estatutos e as leis, fazendo conhecer o caminho a seguir e as obras que deviam fazer. Diz Iahweh:"Se ouvirdes a minha voz guardardes a minha aliança, sereis para mim uma propriedade peculiar entre todos os povos. Moisés desceu a montanha e foi encontrar com seu povo que o adverte a não ultrapassar os limites para ir ver Iahweh, para muitos deles não perecerem. Moisés, escolhe do meio do povo homens tementes a  Deus, seguros, incorruptos e estabelece-os como chefes que julgarão o povo em todo o tempo nas causas  pequenas,  e  Moisés fica com as causas maiores.
    Entrega do Decálogo - Moisés subiu à montanha sagrada e aproximou da nuvem escura onde estava Deus e recebeu o Decálogo. Disse Deus: "Eu sou Iahweh teu Deus que te fez sair da terra do Egito, da casa da escravidão". Iahweh disse: "Não fareis deuses de prata ao lado de mim, nem fareis deuses de ouro para vós. E entregou os mandamentos a serem observados pelo povo. Far-me-ás um altar de terra e sobre ele sacrificarás os teus holocaustos e teus sacrifícios de comunhão. Em todo lugar onde eu fizer celebrar a memória de meu nome, virei a ti e te abençoarei.
   Moisés e os juízes tentam deter as faltas que podiam existir na administração da justiça. A formulação proibitiva tornam essa lista semelhante a do decálogo, com leis morais e religiosas para que o povo cumprindo agradassem a Iahveh, vosso Deus. (Êxodo.cap.20- 50)
    A libertação do cristão - "resulta de um acontecimento histórico, a morte vitoriosa de Jesus e dum contacto pessoal, a adesão a Cristo no batismo. Associando-nos ao mistério da morte e da ressurreição de Cristo, o batismo pôs fim à nossa servidão. Liberto, o cristão está tomado duma confiança audaz, duma orgulhosa altivez, um comportamento de filho diante de Deus, pois é "um espírito de filho adotivo" e não "um espírito de escravo ( Rm8,14-17)"-  (  VTB, p. 528/529)

  REFLEXÃO: "No deserto, Deus fez o povo passar fome para prová-lo e conhecer o fundo do seu coração. Israel tinha que aprender que em sua existência dependia totalmente de Deus e que não é só de pão que vive o homem, mas da Palavra, que sai da boca de Deus"( VTB).
 A escravidão do povo no Egito pode ser comparada ao mundo atual, a escravidão do homem pelo pecado.O homem deixou o pecado se instalar em si, e vê a carne se tornar seu entendimento. Endureceu seu coração, tiraniza seu corpo e produz obras más.
-Escravidão- paixões da carne, o pecado, o sofrimento, perda da verdadeira identidade, dos valores essenciais. O que escraviza o homem: individualismo, materialismo, os prazeres da carne, seus os ídolos, seus deuses (o dinheiro, a fama, o prestígio...).
- mar - simbolismo religioso, representa morte, a morte do ser, o sofrimento.
- deserto- pode representar o afastamento de  Deus, o sofrimento, tribulações. Mas Deus leva o homem ao deserto para falar-lhe ao coração, um apelo à conversão.
- êxodo-  saída da escravidão do pecado, da morte do ser, para verdadeira liberdade, para à vida nova - - travessia do mar a pé enxuto - é manifestado o poder de Deus: Deus à nossa frente
Nós fazemos parte desse povo eleito e podemos experimentar esse poder da ação Deus no nossa história de vida, a transformação do coração para uma vida em Deus.
Convite de um Deus de amor- o seu resgate para a verdeira liberdade, uma vida nova. Um ato de fé pode arrancar o pecador da dominação da carne, mas enquanto isto não acontece ele fica em estado de alienação. Reencontrando sua identidade em Cristo, o homem pode dominar as paixões da carne, a falsa liberdade, a morte do ser. O perdão destranca as prisões do orgulho, do ódio, da vingança, do egoísmo, do individualismo e faz um homem novo.
           Fonte: Escrituras- Livro de Gênesis.
                          - Livro do Êxodo
                          -VTB- Vocabulário de Teologia Bíblica, Editora Vozes.
                          -Imagem do Êxodo:Imagens Bíblicas - crossingtheredsea.png imagensbíblicas. wordpress.com

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