quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Viver uma vida cristã

                               A exemplo de Jesus Cristo, a humildade no servir
                           
            "Se me amais, observareis meus mandamentos: "amais-vos uns aos outros"

Viver uma vida cristã : "Tende para com o Senhor sentimentos perfeitos, e procurai-o na simplicidade do coração porque Ele é encontrado pelos que não o tentam e se revela aos que não lhe recusam sua confiança; com efeito, os de pensamentos tortuosos afastam de Deus" (Sab. 1).

Aos mais velhos- "sejam sóbrios e respeitáveis, sensatos, fortes na fé, na caridade e na perseverança e exemplo de dignidade  aos mais novos, no seu proceder. Procedei com sabedoria no trato com todos.  
As mulheres -"igualmente, devem proceder como convém a pessoas santas: não sejam maldizentes, nem intemperantes, mas sejam capazes de bons conselhos, de sorte que as recém casadas aprendam com elas amar seus maridos e filhos, fiéis a seus esposos, amáveis, a fim de que a palavra de Deus não seja desrespeitada. Tudo que fizerdes, fazei-o de bom coração, como para o Senhor e não para os homens, certos de que recebereis, como recompensa, a herança, das mãos do Senhor.

 Aos jovens - "exorto igualmente para que em tudo sejam criteriosos. Sê tu mesmo modelo de bom comportamento, de boas obras, íntegros e grave na expressão da verdade, exprimindo-te numa linguagem digna e irrepreensível, para que o adversário, nada tendo que dizer fique envergonhado. No trabalho, devem ser submissos aos seus superiores, dando-lhes motivos de alegria, não sendo teimosos, jamais furtando, ao contrário, dando prova de inteira fidelidade, honrando, assim, em tudo a doutrina de Deus, nosso Salvador. "Servi a Cristo, Senhor. Quem cometer injustiça, pagará pelo que fez injustamente, e não haverá distinção de pessoas."

Contra as discórdias - "Não faleis mal uns dos outros para que não sejais julgados. Aquele que fala mal de um irmão ou julga o seu irmão, fala mal da Lei e julga a Lei. Ora, se julgas a Lei já não praticas a Lei.  Que cada um esteja pronto para ouvir, mas lento para falar e lento para encolerizar-se; pois a cólera do homem não é capaz de cumprir a justiça de Deus". Deixai de lado a inveja, a ira, a animosidade, maledicência, maldade, palavras torpes de vossa boca, nem enganeis uns aos outros. Deixai também a devassidão, as impurezas, os maus desejos, a cobiça, que é uma idolatria. Dessas coisas provém a ira de Deus sobre os descrentes. "Acautelai-vos, pois, de de queixar-vos inutilmente, evitai  que vossa língua se entregue à crítica, porque até mesmo uma palavra secreta não ficará sem castigo, e a boca que acusa com injustiça arrasta a alma à morte" (Sab 11).

A graça de Deus se manifestou para a salvação de todos homens. "Ela nos ensina a abandonar a impiedade e as paixões mundanas e a viver neste mundo com auto domínio, justiça e piedade, aguardando nossa bendita esperança, a manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador, Cristo Jesus, o qual se entregou a si mesmo por nós, para remir-nos de toda iniquidade, e para purificar um povo que lhe pertence, zeloso pelas belas obras" (Tt 2, 11-14). Portanto, como eleitos de Deus, santos e queridos, revesti-vos de entranhada misericórdia, de bondade, humanidade, doçura e paciência.

Deveres do cristão em geral -"lembro-vos que devem ser submissos aos magistrados e às autoridades e estejam prontos para qualquer trabalho honesto, não devem difamar ninguém, sejam pacíficos, cavalheiros e delicados para com todos". Suportai-vos uns aos outros e perdoai-vos mutuamente, toda vez que tiverdes queixa contra outrem. Como o Senhor vos perdoou, assim perdoai também vós. Mas acima de tudo, revesti-vos da caridade, que é o vínculo da perfeição.

Contra a intemperança na linguagem - "Não queirais todos ser mestres, pois sabeis que estamos sujeitos a mais severo julgamento, porque todos tropeçamos frequentemente. Quem dentre vós é sábio e entendido? Mostre pelo seu bom comportamento suas obras repassadas de docilidade e sabedoria. Pois, a sabedoria que vem do alto é, antes de tudo pura pacífica, indulgente conciliadora,cheia de misericórdia e de bons frutos, isenta de parcialidade e de hipocrisia. Um fruto de justiça é semeado pacificamente para aqueles que promovem a paz".

 Exortação final: "Sofre alguém um contratempo? Recorra a oração. Está alguém alegre, cante. Alguém dentre vós está doente? Mande chamar o presbítero da Igreja para que orem sobre ele, ungindo com o óleo em nome do Senhor. A oração da fé salvará o doente e o Senhor o porá de pé; e se este tiver cometido pecados, estes lhe serão perdoados. Confessai uns aos outros vossos pecados e orai uns pelos outros, para que sejais curados. A oração fervorosa do justo tem grande poder". Sede perseverantes, sede vigilantes na oração, acompanhada de ação de graças.

Reflexão:A vida cristã é uma vida de amor."Tornai-vos praticantes da Palavra e não simples ouvintes, enganando a vós mesmos! Aquele que ouve a Palavra e não a pratica assemelha-se ao homem que observando seu rosto no espelho, se limita a observar-se e vai-se embora, esquecendo-se logo da sua aparência. Mas aquele que ouve a Palavra e pratica o que ela ordena, perseverando; esse é bem aventurado no que faz " (Tg 2,22-a 25).

Fonte: As Escrituras Sagradas- Atos dos Apóstolos.
          imagem:  Jesus, exemplo de humildade

terça-feira, 27 de novembro de 2012

"Amai-vos uns outros..." (Jo 13,35)

                                               A prova do cristão "é o amor"...
                              "Nisto sabereis que são meus discípulos e meus amigos!"...

"Amai-vos uns aos outros" (Jo 13,35) - "Esse amor tem dois níveis:
 - Jesus diz: "Amai aos outros, como amais vos mesmos" ( Mc 12,31). O amor com que amamos a nós mesmos é a medida mínima com que devemos amar aos demais. Não fazer ao outro o que não queremos que nos façam, ou seja, ao outro o que gostaríamos para nós.

- Se não nos amamos a nós mesmos, não saberemos amar os demais, o que constitui problema neste nível. Existe quem não se ama autenticamente e não se respeita, que não se valoriza e então se auto destrói. Essas pessoas não estão capacitadas para dar amor e, em geral, não sabem recebê-lo. Como não ama a si mesma não compreendem como se pode amar aos outros.

- O segundo nesse nível é extraordinário, ultrapassa o normal. Jesus nos propõe: " amai-vos uns aos outros como eu vos amo" (Jo 13,34). Em seguida diz como ele nos ama: "Como o Pai me ama assim também eu vos amo" (Jo 15,9).

Cada um é amado por Cristo Jesus - com o mesmo amor que é amado pelo Pai celestial. O modelo para nos amarmos uns aos outros é o amor como Deus ama seu Filho único, isto é, um amor divino. Esse amor que lhe custou a vida de seu único Filho. Jesus Cristo se doou com eterno amor.

A prova do cristão "é o amor"- a prova  que somos cristãos não é ir a missa todos os dias, assistir um grupo de oração, ou ter uma devoção muito especial. O termômetro que indica se somos de Cristo é "o amor". A vida cristã é uma vida de amor, e se não me amo, simplesmente não sou cristão, embora diga que sou, embora leia a Bíblia, ou cumpra certas normas práticas.Cristianismo e amor são sinônimos. Só o amor nos faz cristão e nos identifica com cristãos".

Não se pode agradar a Deus sem respeitar os outros, sobretudo os mais abandonados, os menos "interessantes". Jamais se acreditou poder amar a Deus sem se interessar pelos homens... "Praticava a justiça e o direito... Julgava a causa do pobre e infeliz. Conhecer-me não é isto?" (Jr 22,15s). Esse amor pede reciprocidade. O mandamento do Deuteronômio permanece em vigor" (Mt 22,37).

                                           Uma vida de doação, aos menos favorecidos...

Reflexão: "Deus  revela que 'é Aquele que se doa por amor'. Jesus é a revelação concreta do seu amor. Na pessoa de Jesus, o homem ama a Deus e é amado por ele. Deus se manifesta na história das pessoas através de acontecimentos e atos concretos de amor. Pessoas especiais são escolhidas por Ele para se doarem por amor. Aquele que já experimentou o amor de Deus na sua vida  tem um conhecimento mais profundo do sentido do amor. Se tivermos um fraco conceito de Deus e do seu amor, nunca nos sentiremos inteiramente amados e perdoados por Ele". Buscai-o enquanto se pode achá-lo....

Fonte: -   Livro: Jesus Cristo, médico da minha Pessoa
              de Tomás Forrest / José H. Prado Flores - Ed. Louva-a-Deus,  4a. ed. 1.991
            - Vocabulário de Teologia Bíblica, Ed. Vozes
            - imagens: Madre Tereza de Calcutá e sua missão de amor
                            -Irmã Dulce e os pobres

domingo, 25 de novembro de 2012

Deus, amigo do homem

                                "Quem teme o Senhor faz verdadeiros amigos" 
 
"Vós sois meus amigos se 
praticais o que vos mando: amai-vos uns aos outros!"   

"O amigo fiel não tem preço (Sl 6,15s), pois ele ama em todo tempo, tornando saudável a vida. Quem teme o Senhor faz verdadeiros amigos, pois qual se é, tal é o amigo (Sl  6,16s)".
Temor a Deus - é uma disposição ao amor a Deus, à observância de seus mandamentos, a seu serviço  O temor, dizem os sábios é o principio da sabedoria "( Pv 1,7;  Sl 111,10).

  Modelo e  origem da amizade é a amizade que Deus faz com o homem. Enviando Jesus a nosso meio, Deus se mostrou "amigo dos homens" (Tt 3,4). Ele veio para nos ensinar a verdadeira vida em Deus.

 Porque é que aquele partilha do meu pão levanta seu calcanhar contra mim?(Sl 41,10). Jesus teve "companheiros" que partilharam de sua existência (Mc 3,14), mas nem todos tornaram seus "amigos", assim, Judas é ainda chamado "companheiro" (Mt 26,50), enquanto aos outros discípulos Jesus declara: "Já não vos chamo servos, mas amigos" (Jo 15,15). Eles partilharam das suas provações, estavam prontos a enfrentar a noite da Paixão (Lc 22,28s).João foi aquele lhe que foi fiel até à cruz; é o "discípulo que Jesus mais amava" (Jo 13´23)  e ao qual confia sua própria mãe (19,26).

  Praticais o que vos mando: amai-vos uns aos outros. "Já não vos chamo servos, mas amigos, porque servo não sabe o que seu senhor faz; mas vos chamo amigos, porque tudo que ouvi de meu Pai vos dei a conhecer."Se permanecerdes na minha palavra, sereis verdadeiramente meus discípulos e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará". "Quem escuta a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna" (Jo 5,24).

"Não fostes vós que me escolhestes, mas fui eu que vos escolhi e vos designei para irdes e produzirdes fruto e para que vosso fruto permaneça, a fim de que tudo o que pedirdes ao Pai em meu nome, ele vos dê. Isto vos mando: amai-vos uns aos outros" (Jo, 13 -17).

  Jesus é o verdadeiro amigo do homem-  "... quem o segue não andará nas trevas, mas terá a luz da vida" ( Jo 8,12) A imagem da amizade que reinava na comunidade primitiva ( At 2,44ss ; 4,32) continua a ser para todos os cristãos um ideal e uma força. Quem pratica a misericórdia com o próximo, encontrará a misericórdia de Deus.

Reflexão: Há amizades ilusórias.Todo amigo diz: "Eu sou teu amigo",  mas há amigo que só o é de nome. Essas dolorosas experiências ensinam a proceder com lucidez na escolhas dos amigos, tanto que convém até desconfiar. Acaso não pode a amizade ser enganadora e até arrastar ao mal? O verdadeiro amigo se conhece no tempo da provação. Acima dessas crises permanece a certeza de que a amizade  e a vontade do Senhor é o amor fraterno entre os seus ( Jo 15,12). Os verdadeiros amigos de Jesus são aqueles que ouvindo sua palavra no coração, a põem em prática. O coração sábio aceita os preceitos de Deus e a integridade guia os homens retos, mas os insensatos mantem-se no caos da vida no mundo.

Fonte: As Escrituras Sagradas, a Bíblia
           Vocabulário de Teologia Bíblica, Ed. Vozes
           Imagem: Jesus ensinando à multidão, o sermão da montanha.

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Eucaristia, ação de graça e bênção

   Fé na presença real de Jesus na Eucaristia
     
          Penetrar na verdade oculta, descobrir o tesouro escondido!        
                                           
Eucaristia, sacramento de um alimento -  "é um rito de alimentação. Significa reconhecimento, gratidão, ação de graça.  Bênção que celebra as maravilhas de Deus em benefício do homem e o louvor exprime reconhecimento e ação de graças. Nas refeições judaicas, louvam e agradecem a Deus pelos alimentos que Ele deu ao homem".
   Jesus pronuncia uma "Bênção" na primeira multiplicação dos pães. (Mt 14,19) e na segunda multiplicação, menciona "ação de graças". Ação de graças pelo pão, bênção sobre o cálice.
  No uso cristão, o termo "eucaristia" que prevaleceu para designar a ação de graça instituída por Jesus na véspera de sua morte. Jesus sabendo que havia de morrer, no momento preciso da Páscoa, antecipou por um dia, evocando sua última refeição, o rito pascal, ( Jo 19,14-36)".

A eucaristia, sacramento de um sacrifício. O anúncio da morte redentora, porque o Corpo "será dado por vós"; o sangue será "derramado por vós"... Jesus anuncia claramente a sua morte próxima e a apresenta como um sacrifício, comparável ao das vítimas, cujo sangue selou no Sinai a primeira Aliança  (Ex 24,5-8). Ele dá a entender que sua morte irá substituir os sacrifícios da antiga aliança e libertar os homens, não de um cativeiro temporal, mas do cativeiro do pecado, assim como Deus o havia exigido do Servo (Is 53,12).  Ele instaurará esta "nova  aliança" que Jeremias havia anunciado (Jr 33,31-34).

Comunhão no sacrifício - "Comendo o Corpo imolado de Jesus e bebendo o seu Sangue, os fiéis comungarão do seu sacrifício, fazendo a sua oferenda de amor e beneficiando-se do retorno às boas graças que ela produz. É para que eles o possam fazer em todo lugar e sempre que Jesus escolhe alimentos comuns, o pão e o vinho, para fazer sua carne e seu sangue em estado de vítima e ordena aos seus discípulos, repetir depois dele as palavras que por sua autoridade produzirão essa transformação. Dá-lhes assim uma delegada participação no seu sacerdócio".

                        
        "Eu sou o pão que desci do céu. Quem comer deste pão viverá para sempre" (Jo 6,51).

Fazem-no "em sua memória" - "Toda as vezes que os cristãos repetem esse gesto, ou se lhe  associam, "anunciam a morte do Senhor, até que ele venha" (1Cor 11,26), pois a presença sacramental é a de Cristo em seu estado de sacrifício. Fazem-no "em sua memória" (1Cor 11,25 ; Lc 22,19) trazendo como uma oferenda constantemente renovada que atrai sua graça .A maior dentre todas as maravilhas de Deus, é o sacrifício de seu Filho oferecido para dar aos homens a salvação. Maravilha de amor na qual estes participam unindo-se pela comunhão do Corpo do Senhor e, nele,com todos os seus membros (1Cor 10,14-22). Sacramento de sacrifício de Cristo, a eucaristia é o sacramento da caridade, da união no Corpo de Cristo". "O espírito que vivifica, a carne para nada serve. As palavras que vos disse são espírito e vida" (Jo 6,63)

Reflexão: Participar do banquete da Palavra e da  Eucaristia é  alimentar a alma, o bálsamo do espírito e a força para o combate. "O cristão chamado a viver o amor de Deus precisa sentir o atrativo do Amor.  Na eucaristia, Jesus nos dá o suave testemunho de que nos ama pessoalmente como seus amigos. A alma de fé contempla realmente Jesus Cristo com o olhar interior da graça, numa visão espiritual. O amor porque é transformador,  produz identidade de vida.
                "Creio, Senhor, mas ajuda a minha fé vacilante!" (Mc 9,24)
       
Fonte : As Escrituras Sagradas, a Bíblia.
           Vocabulário de Teologia Bíblica,  Ed. Vozes.
            Imagem: a Eucaristia, presença sacramental - afrentedabatalha.blog. (1a. imagem)

sábado, 3 de novembro de 2012

Nutrir-se de Deus, o único alimento de consistência


"Não só de pão vive o homem, mas de toda Palavra que sai da boca de Deus" ( Mt 4,4)
                                                 Nutrir-se de Deus é vida

 - A Palavra de Deus - É por si mesma  poder de salvação.
                                      É o alimento da alma, do espírito. 

    "Como todos seres vivos, o homem está obrigado a alimentar-se para poder subsistir, e esta dependência para com o mundo é também um sinal essencial de sua inconsistência, mas é também um apelo a se nutrir de Deus, o único alimento a ter consistência.  Para ensinar ao homem que seu verdadeiro alimento é como o de Cristo, a vontade do Pai (Jo 4,34), A Escritura Sagrada lhe apresenta os atos da alimentação em três planos diferentes, o da criação e o da obediência, o da Aliança e da fé, o Evangelho e da caridade":

1- Deus providencia o Alimento de suas Criaturas- "Dou-vos todas ervas que dão semente...todas ervas que produzem frutos...( Gn 1,29s). Havendo criado o homem e tendo-o feito senhor da criação, Deus lhe dá seu alimento, como a todo o mundo animal. Após o dilúvio, Deus entrega na mão do homem todos animais vivos para serem seu alimento: "Dou-vos tudo isso como vos dei a verdura das plantas" ( Gn 9,2s).  O homem se alimenta dos frutos e das plantas que cultiva, dos animais que lhe pertencem e que ele cria; alimenta -se do produto de sua cultura, de seu trabalho ( Gn 3,19), da "obra de suas mãos" (Dt 14,29). O alimento, produto do seu  trabalho e obra de suas mãos pode levar a gula, ou a embriaguez, capazes de levar à miséria e ao contrário, pode o homem usá-lo com egoísmo e cair no luxo, até a exploração dos pobres, esquecendo que o alimento é um dom de Deus, que deve ser partilhado.

2- Deus alimenta o seu povo com sua Palavra - "Pela Aliança, Deus se encarrega da existência de seu povo.O maná, proveniente "do céu" (Ex 16,4) alimento proporcionado diretamente por Deus (Gn 16,15). Essa situação supõe a fé. O maná feito para alimentar o corpo e para alimentar a fé daquele povo, para ensinar a Israel a esperar sua subsistência e sua sobrevivência da Palavra que procede da boca de Deus (Dt 8,3 : Sb 16,26; Mt 4,4).

3- Deus, Alimento de seus Filhos - "Cristo mostra que Deus lhe basta e, que seu alimento é a vontade do Pai e deseja ensinar que é ele "o pão de Deus, o que desce do céu e que dá vida ao mundo" (Jo 6,32). No sermão da montanha, ele convida a "não se preocupar com o alimento" (Mt 6,25) e a procurar em primeiro lugar o Reino de Deus". (Mt 6,33) e propõe ele mesmo a sua carne como verdadeiro alimento e seu sangue como verdadeira bebida ( Jo 6,55). A Eucaristia, na qual  o pão da terra se torna corpo de Cristo, torna o homem filho de Deus, capaz de se alimentar, em quaisquer circunstâncias de Jesus Cristo, de suas palavras, de seus gestos, de sua vida".

                               
                                     "Eu sou o pão vivo que desceu do céu" (Jo 6,32)

Reflexão: O homem sem Deus é escravo do materialismo, do individualismo, e o Dinheiro é o senhor de sua vida. A miséria espiritual leva à escravidão aos vícios, ao egoísmo, à violência e toda espécie de mal...Sem o amor de Jesus Cristo no nosso coração, somos incapazes de amar o outro, de ter compaixão e perdoar; de partilhar fraternalmente com quem precisa. O mundo tem sede e fome de Deus...

Fonte: As Escrituras Sagradas, a Bíblia
           Vocabulário de Teologia Bíblica, Ed. Vozes
-imagens: - A Bíblia, a Palavra de Deus -jpg 1
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